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PLANEJAMENTO

DAE cria comissão para tentar combater perda de água em Americana

Autarquia estima perda total de 45%, considerando a água utilizada no processo de tratamento, como para limpeza de reservatórios

Por Gabriel Pitor

30 de janeiro de 2024, às 07h50 • Última atualização em 30 de janeiro de 2024, às 11h00

Reunião sobre criação de comissão foi realizada nesta segunda - Foto: Dener Chimeli / Prefeitura de Americana

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana determinou nesta segunda-feira (29) a criação de uma comissão para tentar combater a perda de água no sistema de abastecimento da cidade. De acordo com a autarquia, a perda total estimada é de 45%, considerando a água utilizada no processo de tratamento, como para limpeza de reservatórios.

O índice está acima das médias das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, que variam de 36,18% a 37,9%, segundo levantamento mais recente do Instituto Trata Brasil e da consultoria GO Associados. Além disso, de 10% a 12% do total de perda são por conta de rompimentos na rede.

A comissão terá a incumbência de formular dois planos de ação para a superintendência da autarquia. O primeiro relatório, a ser entregue em até 30 dias, deverá listar medidas emergenciais, como troca de hidrômetros defeituosos, que serão implementadas a curto prazo.

Já o segundo plano, que precisa ser concluído em até 60 dias, apresentará objetivos a médio e longo prazo, como trocas de rede em determinadas regiões de Americana. A intenção é que essas metas melhorem a eficiência do abastecimento para 20 a 40 anos.

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Além disso, deverão ser apresentadas soluções técnicas e de gestão, que podem envolver implantação de novos sistemas para detecção de vazamento.

O grupo será formado por funcionários do departamento que já fizeram alguma especialização em perda de água. No período de formulação dos relatórios, esses membros pegarão dados de macromedição, micromedição, quantos medidores têm e se estão funcionado, quanto a cidade está perdendo em vazamento e em tratamento.

“A gente tem uma outorga de água, não podemos pegar mais do que a outorga permite, então eu tenho de diminuir as perdas”, justificou o superintendente do DAE, Marcos Morelli.

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Ele ainda destacou que a cidade pode captar do Rio Piracicaba até 1,3 mil litros de água por segundo. Já as perdas podem ser por vazamentos, que têm preocupado a autarquia, bem como por lavagem de filtros, evaporação, desvios de água ou até mesmo falta de pagamento de conta.

“Primeiro tem de parar de vazar. Se a pessoa não parar de sangrar, por exemplo, ela vai morrer. Então, primeiro eu tenho de estancar os vazamentos para conseguir planejar ações para diminuir as perdas”, disse Morelli.

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“Depois, como gestor, quero ter início, meio e fim, o que eu tenho de fazer, onde fazer, quando fazer e quanto vai custar. A gente precisa fazer um planejamento”, completou.

Por fim, o superintendente afirmou que o DAE terá duas frentes de trabalho nos próximos meses: a diminuição de perdas e a conclusão dos centros de reservação.

A criação da comissão, que deverá ser oficializada no Diário Oficial nesta terça (30), acontece pouco mais de uma semana após o prefeito Chico Sardelli (PV) trocar a superintendência do departamento por conta das reclamações de falta d’água. Morelli, que já atuava na autarquia, foi escolhido para substituir Carlos Cezar Gimenez Zappia, deslocado para a Secretaria de Meio Ambiente.

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