Americana
Chamamento público para trabalho com jovens não atrai interessados
É a segunda vez que Americana tenta atrair, por meio de um chamamento público, organizações para trabalho com menores infratores
Por Valéria Barreira
19 de setembro de 2019, às 09h57 • Última atualização em 19 de setembro de 2019, às 14h58
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/chamamento-publico-para-trabalho-com-jovens-nao-atrai-interessados-1077829/
A Prefeitura de Americana publicou novo edital com chamamento público para prestação de serviço de proteção especial a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. É a segunda vez que o município tenta atrair interessados para o trabalho com menores infratores.
O primeiro edital foi publicado em março, com prazo até o final de abril para apresentação de propostas, mas nenhuma OSC (Organização da Sociedade Civil) manifestou interesse na parceria. Desta vez, o chamamento permanecerá aberto até o dia 16 de outubro.
O secretário de Ação Social e Desenvolvimento Humano, Ailton Gonçalves Dias Filho, reconhece a dificuldade em contratar uma organização que preste o serviço. “Já esperava por isso. Primeiro, porque o serviço não é tão simples. Segundo, porque é difícil encontrar quem queira trabalhar com menor infrator. Existe uma indisposição natural para isso”.
Segundo ele, o serviço já é executado no município pelos Creas (Centros de Referência Especializados de Assistência Social) e continuará sendo feito pelo local, caso não apareça uma OSC interessada em assumir o trabalho. Os menores assistidos são encaminhados pela Justiça.
“O atendimento não pode parar. Estamos tentando terceirizar porque fica mais viável e barato para o município. Temos uma equipe reduzida e uma demanda alta”, informa.
Atualmente, 95 adolescentes em medidas socioeducativas são atendidos pela prefeitura por meio dos Creas. Com a terceirização, a proposta é otimizar o atendimento e ampliar a capacidade de atendimento para 150 jovens.
No total, foram publicados pela prefeitura sete chamamentos públicos, com investimentos somados de R$ 1,3 milhão. Além da prestação do serviço com menores infratores, apenas mais um não atraiu interessados.
Foi a República para Jovens, que deverá ser implantada em uma unidade para cinco vagas do sexo masculino e outra para cinco do sexo feminino. O objetivo é atender jovens com vínculos familiares rompidos, especialmente àqueles egressos dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes.
Durante o programa Liberal No Ar, exibido pelas emissoras de rádio VOCÊ AM (580) e FM Gold (94.7), o Secretário de Ação Social e Desenvolvimento Humano, Ailton Gonçalves Dias Filho falou sobre o contexto da dificuldade de encontrar interessados na prestação desses serviços, pois o prazo já está quase encerrando.Ouça.