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TEMPO

Americana chega a 24 dias no ano com temperatura prejudicial e já ultrapassa 2023

Levantamento junto ao Ciiagro considera datas em que calor passou dos 36,5°C na cidade; medições são realizadas de dentro do TG

Por Gabriel Pitor

20 de outubro de 2024, às 07h54 • Última atualização em 20 de outubro de 2024, às 08h33

Calor em Americana - Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Com o calor registrado no início deste mês, Americana chegou a 24 dias no ano com temperatura máxima acima de 36,5°C, considerada prejudicial para o corpo humano. A quantidade já é maior que 2023 inteiro, quando foram contabilizados 21 dias, de acordo com dados do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas).

As medições são realizadas por meio de uma estação meteorológica instalada dentro do TG (Tiro de Guerra), na Vila Louricilda.

De acordo com o levantamento, em outubro de 2024 o município ultrapassou os 36,5°C nos dias 1º, 2, 3 e 9 devido a bloqueios continentais, responsáveis por uma onda de calor. Em 3 de outubro, aliás, Americana registrou a maior temperatura no ano, com 40,3°C.

Essa sequência fez com que a cidade ultrapassasse o total de 2023, quando foram 21 dias com temperatura prejudicial.

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O resultado chama a atenção porque o ano passado foi considerado um dos mais quentes desde 1989, segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Americana, por exemplo, teve seis dias com máxima de ao menos 40°C.

No âmbito da saúde, as temperaturas acima de 36,5°C são prejudiciais às pessoas, uma vez que são maiores do que a média de temperatura do corpo humano. Isso provoca desidratação, insolação e agravamento do quadro de doenças pré-existentes, como cardíacadas e respiratórias.

De acordo com Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri, o maior número de dias com máximas superiores a 36,5°C pode ser explicado pelo fenômeno “El Niño”, caracterizado pelo aumento anormal da temperatura da superfície do Oceano Pacífico, na região próxima à Linha do Equador, o que deixa a atmosfera mais aquecida e diminui a frequência e a intensidade das ondas de frio.

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“O ‘El Niño’ se configurou no segundo semestre do ano passado e já trouxe, como consequência, altas temperaturas e ondas de calor, principalmente em novembro. Porém, 2024 teve mais meses com o ‘El Niño’ vigente e isso pode explicar o maior número de dias acima dos 36,5°C”, explicou.

Ainda segundo o meteorologista, o impacto do fenômeno pode ser visto nas anomalias de temperaturas médias, calculadas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). No inverno deste ano, por exemplo, essas anomalias levaram a um aumento de 1,5°C a 2°C.

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