ELEIÇÃO 2024
Omar e Macris apoiam Pascote e candidatura de Renato Martins é inviabilizada em Americana
Esperança de Martins era uma negociação de Omar com o diretório estadual do Republicanos
Por Gabriel Pitor
26 de julho de 2024, às 10h34 • Última atualização em 26 de julho de 2024, às 10h51
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/omar-e-macris-apoiam-pascote-e-candidatura-de-renato-martins-e-inviabilizada-em-americana-2219554/
O apoio do ex-prefeito Omar Najar (MDB) e do ex-deputado Vanderlei Macris (PSDB) ao engenheiro e empresário do setor imobiliário Ricardo Pascote (União Brasil), declarados em evento realizado nesta quinta-feira (25), inviabilizaram a candidatura do ex-vereador e advogado Renato Martins (Republicanos) à Prefeitura de Americana em 2025.
A tendência, portanto, é de que a eleição municipal deste ano tenha três concorrentes ao cargo máximo do Executivo americanense: Chico Sardelli (PL), que tentará a reeleição; a ex-vereadora Maria Giovana Fortunato (PDT); e Pascote.
Conforme o LIBERAL noticiou na última terça (23), Omar desistiu de disputar o pleito e chegou a declarar apoio a Martins, que ocupou a cadeira no Legislativo em 2019 e 2020, após falecimento de Judith Batista. A situação parecia alinhada com os diretórios locais do Republicanos e do MDB, bem como com os diretórios estaduais de ambos os partidos.
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Porém, nesta quarta (24), o presidente do Republicanos em Americana, Ricardo Molina, e o vice-presidente do diretório estadual, Sergio Fontellas, negaram que a candidatura estivesse encaminhada e destacaram que a sigla do governador Tarcísio de Freitas não terá candidato a prefeito no município.
Ainda assim, Martins disse à reportagem que continuava confiante na viabilidade de participação no pleito. A esperança era uma negociação do MDB, encabeçada por Omar, com o diretório estadual do Republicanos. Além disso, o advogado disse que Molina estaria sofrendo pressão de membros do PL, partido aliado a Tarcísio, para tirar adversários de Chico.
Com a aliança formada entre Omar e Macris e os apoios declarados a Pascote, a candidatura de Martins foi definitivamente inviabilizada. O LIBERAL procurou o advogado na noite desta quinta, mas ele não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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À reportagem, Omar explicou que o seu movimento se deu após a candidatura do ex-vereador ter caído e criticou a forma como isso aconteceu.
“O MDB ia indicar uma vice ao Renato Martins, estava praticamente acertado. Aí tivemos essa surpresa lá de cima e cortaram a vontade do Renato de participar das eleições. Seria um nome bom. Mas, infelizmente, aqui no Brasil a política é desagradável, a ordem vem lá de cima. Então, eles colocam a faca no pescoço e tiram quem eles querem, isso não é democracia”, disse o ex-prefeito.
“O Molina vinha insistindo para que eu saísse candidato. Para você ver que se eu tivesse saído, com o apoio dele, tinha entrado em uma gelada. Uma pessoa como ele, na política, tem de chegar e falar que depende do diretório estadual. Agora, ele toma uma decisão, incentiva as pessoas e depois ‘puxa o tapete’, não é por aí”, completou.
Para coligação, Pascote vai representar terceira via
No evento desta quinta, no Edifício Jardins, no Jardim Girassol, integrantes da coligação encabeçada pelo União Brasil destacaram por diversas vezes que a candidatura de Pascote irá representar uma “terceira via” ou uma “alternativa à polarização”.
De acordo com pessoas ouvidas pelo LIBERAL, Chico e Maria Giovana fariam uma disputa parecida com a de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições nacionais de 2022.
“Ter mais alternativas é muito importante para Americana. Nós conversamos muito, com vários partidos, para apoiar um novo projeto. Um projeto diferente e que sai dessa dicotomia, de duas alternativas que acabam virando um problema que nós vimos no Brasil recentemente. Uma polarização burra, que não discutiu o País. Nós vamos sair dessa polarização e discutir a cidade”, comentou Macris.
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Já o representante do diretório estadual do União Brasil, William Tião, contou que houve “uma construção cautelosa” para trazer Omar ao grupo de Pascote e afirmou que a intenção na campanha é explorar essa visão de “uma nova alternativa” para convencer o eleitorado.
“É uma terceira via. Para as pessoas que não querem votar quem já está aí, o Pascote está aí, é empresário. E nós vamos preparar um bom plano”, ponderou.