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SAÚDE

Estado repassa R$ 9,4 milhões à região para combate à dengue

Montante deverá ser investido pelas prefeituras na atenção básica; RPT tem 19,2 mil casos confirmados da doença, segundo dados do governo estadual

Por Gabriel Pitor

22 de junho de 2024, às 08h08

A Secretaria de Estado da Saúde autorizou nesta quinta-feira (20) repasses imediatos, que totalizam R$ 9,4 milhões, aos municípios da RPT (Região do Polo Têxtil) para reforçar o atendimento da atenção básica e o combate à dengue, que chegou a 19,2 mil casos confirmados na região, segundo dados do próprio governo estadual. A medida foi publicada nesta sexta (21) no Diário Oficial do Estado.

De acordo com a resolução, as verbas são parcelas antecipadas referentes ao segundo e terceiro quadrimestres de 2024 do IGM SUS Paulista, programa que eleva os repasses estaduais às cidades para serviços públicos de saúde. Em contrapartida, as prefeitura devem cumprir alguns índices da Saúde.

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Dos municípios da RPT, Sumaré irá receber o maior montante, com R$ 2,6 milhões. Na sequência vem Hortolândia, com R$ 2,3 milhões, Americana, com R$ 2,2 milhões, Santa Bárbara d’Oeste, com R$ 1,5 milhão e Nova Odessa, com R$ 609 mil.

A quantia destinada às prefeituras foi definida conforme critérios de vulnerabilidade social, população e cobertura de estratégia de saúde da família. O motivo da antecipação é o quadro da dengue no Estado de São Paulo, visto que a doença sobrecarregou o sistema de saúde.

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Ainda segundo a resolução, os montantes deverão ser aplicados na atenção básica para aumentar “a disponibilidade de insumos, equipamentos, medicamentos, realização de exames, suporte para resultado dos exames, eficiência da central de regulação de leitos, bem como os fluxos e as unidades de referência e contrarreferência de atendimento.”

Destinações

Ao LIBERAL, as prefeituras de Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa disseram que aguardam a efetivação dos repasses para fazerem as destinações. Ambas destacaram que nas últimas semanas houve uma tendência de queda das notificações relacionadas à doença, mas que a transmissão da dengue segue ininterrupta.

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No caso do Executivo americanense, foi destacado que os recursos também servirão para custeio das ações e serviços de saúde, destinados à atenção básica e ações relacionadas à vigilância epidemiológica.

Sumaré e Hortolândia foram procuradas, mas não responderam até o fechamento desta matéria.

Casos

Segundo o painel de monitoramento do Governo do Estado, Americana tem 2.973 casos confirmados de dengue. Já Sumaré tem 5.697, Nova Odessa tem 3.480, Santa Bárbara tem 4.977 e Hortolândia, tem 2.125.

Sintomas e alertas

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

  • Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.
  • Dor de cabeça
  • Prostração
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Dor atrás dos olhos (retroorbital)
  • Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.
  • Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que “nada para na barriga”), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por “dor de barriga”, que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Pressão baixa (hipotensão)
  • Pele pálida e fria
  • Inquietação/irritabilidade
  • Respiração rápida
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.
  • Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

  • Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma “imaturidade” do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez – situação que tende a ser mais perigosa.
  • Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos “desatualizados” favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.
  • Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.
  • Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.
  • Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades – crianças muito pequenas e idosos – têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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