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Pet

Microchipagem: entenda como funciona o ‘RG Animal’

Microchipagem é uma aliada na hora de reencontrar o animal perdido e auxilia na posse responsável

Por Marina Zanaki

17 de março de 2022, às 07h10 • Última atualização em 17 de março de 2022, às 07h11

Cuidar de um animal demanda atenção com alimentação e saúde, além de muito carinho. Mas muita gente não sabe que a posse responsável também inclui a parte burocrática de garantir a documentação do pet. O RG animal consiste na implantação de um microchip que contém informações importantes sobre o pet e o tutor.

Microchipagem é uma aliada na hora de reencontrar o animal perdido e auxilia na posse responsável – Foto: Adobe Stock

Veterinária da Amavet, Fernanda Ribeiro explicou que o chip inclui informações como nome pet, idade, raça, especificações de saúde quando houver, nome do tutor, RG, CPF, endereço e telefone de contato.

A aplicação é simples, feita com uma agulha entre as escápulas. Pode provocar um leve desconforto ao pet durante a inserção, mas o incômodo é rápido. “Vale frisar que não é um GPS, tem muita gente que aparece com essa dúvida. Se perder o pet, não vai conseguir rastreá-lo”, explicou a veterinária.

Mas ele é um aliado para reencontrar o animal perdido. Isso porque se o cão ou gato for levado a um veterinário ou Centro de Zoonoses, é possível acessar seu código individual por meio de um leitor. Esse equipamento é universal, e pode acessar microchips implantados em qualquer estado brasileiro. Não há ainda no país um sistema de registros unificado, o que dificulta a localização instantânea do tutor.

A plataforma mais utilizada hoje é a Abrachip, um sistema de livre acesso. Informando o número que consta no microchip, é possível ver quem inseriu o pet no sistema – alguma ONG, clínica ou centro municipal de zoonoses. A partir daí, é possível entrar em contato com esse órgão, que consegue rastrear os contatos do tutor pelo número do animal.

Em Americana, o chip é obrigatório por lei municipal desde 2007. A medida vale para cachorros, gatos, equídeos, animais silvestres e selvagens. A microchipagem no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade é feita nos animais que são castrados, doados ou em casos identificados pela fiscalização. Os demais tutores devem procurar uma clínica para inserir o chip no animal. O custo gira em torno de R$ 80.

Em Santa Bárbara d’Oeste, a microchipagem e o registro dos animais é gratuito para os pets atendidos pelo programa de castração da prefeitura. Ele é aberto para a população inserida em projetos sociais e para localidades indicadas pelo CCZ para controle reprodutivo.

“Dentre os mecanismos de controle populacional, a identificação dos animais, a microchipagem e o registro são dos mais importantes para o acompanhamento da dinâmica da população. Além disso, contribui ativamente na responsabilização e promoção da guarda responsável dos animais”, opinou Wilson Guarda, Chefe do Departamento de Vigilância em Saúde de Santa Bárbara d’Oeste.

Presidente da Anjos Peludos, Cristiane Ochuiuto Marques concorda. Ela revelou que apesar de existirem casos de animais microchipados que são abandonados pelos tutores, o número é significativamente menor em relação aos que não possuem a identificação e estão nas ruas.

“Não doamos um animal que está com a ONG se não estiver microchipado, prefiro não doar. Jamais vou fazer um evento de adoção se não puder microchipar”, garantiu a protetora.

O microchip não funciona como GPS, mas já existe no mercado um modelo que vem acompanhado de uma coleira com um QR Code. Fernanda Ribeiro explicou que, caso o animal perdido tenha esse código fotografado, o tutor recebe uma mensagem no e-mail cadastrado com a exata localização do pet no momento da fotografia. Esse tipo de microchip custa cerca de R$ 150. 

Seis dúvidas sobre microchipagem

O microchip tem GPS?
Não, ele é um cadastro do animal e do tutor, mas não vem com GPS.

Para que serve?
É como um RG, onde constam informações importantes sobre o animal e a identificação do tutor.

É preciso pagar?
Sim. Ele está disponível de forma gratuita em alguns casos, como castração por órgãos públicos, mas de maneira geral é preciso pagar. Custa cerca de R$ 80 em clínicas e R$ 15 na adoção de animais em ONGs.

Precisa trocar com o tempo?
Não, ele dura a vida toda do animal.

Dói para aplicar o microchip?
Como é colocado entre as escápulas, pode provocar certo desconforto na hora da aplicação.

O animal tem alguma reação?
Não, o microchip não provoca reação.

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