Além da Visão
Honda Sahara 300 ganha motor, estrutura e dinâmica completamente novas
Motocicleta tem preços que vão de R$ 27.090, na versão Standard, e chegam até R$ 28.650, na Adventure
Por Eduardo Rocha / Auto Press
10 de fevereiro de 2024, às 08h35 • Última atualização em 10 de fevereiro de 2024, às 08h38
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/motors/honda-sahara-300-ganha-motor-estrutura-e-dinamica-completamente-novas-2112345/
Vários propósitos levaram a Honda a promover o lançamento da XRE 300 Sahara. O primeiro, claro, é que o modelo já acumulava um longo período sem uma atualização mais robusta. A última havia sido em 2019, quando completou 10 anos de mercado. A mais urgente, sem dúvida, é a adequação ao padrão de emissões M5 do Promot, que entra em vigor em janeiro de 2025. Para atender os novos níveis exigidos pelo Conama com a antiga motorização, a antecessora perderia até 20% de rendimento. Com o novo motor, a perda foi reduzida a cerca de 2% tanto em potência quanto em torque.
Outro motivo foi ganhar musculatura para encarar as rivais, com preços abaixo de R$ 30 mil. Do jeito que estava, a trail de média-baixa cilindrada ficava exposta a modelo maiores e mais sofisticados, como a BMW G 310 GS, e vulnerável a rivais ferozes, como a XTZ 250 Lander da arquirrival Yamaha.
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A nova Sahara 300 tem preços que vão dos R$ 27.090 da versão Standard, em cinza metálico, passam pelos R$ 27.690 da Rally, em vermelho, e chegam aos R$ 28.650 da versão Adventure. Estes preços são os sugeridos pela fábrica, mas dificilmente alguma unidade sairá da loja por esse valor nessa chegada ao mercado – há concessionárias pedindo até R$ 34 mil para os mais afoitos.
Além do nome e dos parâmetros básicos do segmento, como potência e tamanho, quase nada da antiga XRE 300 foi preservado. A Sahara traz um novo chassi de berço semiduplo, baseado no usado na CRF 250F.
Já o motor se origina da mesma família do usado na CB 300F Twister e tem pistões com menor diâmetro e maior curso, para conseguir um ganho de torque que pudesse compensar a restrição nas emissões.
Agora são 24,8/25,2 cv, 5.750 rpm e 2,70/2,74 kgfm a 7.500 giros, com gasolina e etanol. A vantagem é que o torque ficou mais alto na faixa entre 3 mil e 6 mil giros. Além da adoção da sexta marcha no câmbio, a Sahara conta também com embreagem assistida e deslizante.
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A parte eletrônica também foi atualizada, com um novo painel digital LCD Blackout que tem velocímetro digital, conta-giros analógico, relógio, indicador de marcha, do nível de combustível e da tensão da bateria e computador de bordo com hodômetro parcial e consumo médio. A Sahara ainda traz porta USB-C ao lado painel, sistema Emergency Stop Signal, que aciona automaticamente os piscas em frenagens bruscas – iluminação full-led e pisca-alerta.
As linhas seguem o estilo dos modelos maiores da marca, com a eliminação do bico de pato sob o farol. Com a frente mais verticalizada, o aspecto fica mais robusto e valoriza a presença da roda dianteira de 21 polegadas. Aqui se destacam os acessórios da versão Adventure, como o para-brisa de maior dimensão, a proteção perimetral tubular de aço na parte frontal e o protetor de cárter.
O tanque, que manteve a capacidade de 13,8 litros, agora não é mais visível. Ele fica oculto sob uma carenagem composta por cinco peças. Esse conjunto empresta um visual mais robusto ao modelo, mas ainda assim o centro de gravidade da Sahara é mais baixo que da antiga XRE. Durante a manutenção, essa carenagem é retirada com mais facilidade, o que reduz o tempo de mão-de-obra.
Na traseira, todas as versões trazem um bagageiro. O conjunto suspensivo de longo curso também ajuda na intenção de criar um visual mais imponente.