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NOSSOS PETS

Família de Americana reencontra Marley, cão perdido por dois anos após fugir com medo de fogos de artifício

Mascote encontrado debilitado já está em tratamento; veterinário explica cuidados para evitar e como agir em caso de fuga

Por Isabella Holouka

24 de março de 2024, às 08h45 • Última atualização em 25 de março de 2024, às 09h45

“Olha aqui o fujão”, disse Ivaldete Cristina Pires Lodo, de 39 anos, entre risos, segurando um cachorrinho mestiço de lhasa apso e shih tzu com a pelagem branca e preta comprida, suja e cheia de nós. Marley ficou dois anos e dois meses longe de casa, mas foi encontrado no último domingo (17) e se recupera do período em que viveu na rua. 

O cãozinho, que tem cerca de 10 anos, estava no depósito de água e gás da família, no Parque Novo Mundo, na noite de Ano Novo entre os anos de 2021 e 2022, quando teria se assustado com os fogos de artifício e fugido pelo alambrado, relatou a proprietária do estabelecimento. 

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“Não sei como ele conseguiu passar por um buraco tão pequeno na tela. Provavelmente, desesperado. No dia seguinte, começou a ‘labuta’ de procurar por ele”, contou Ivaldete.

Marley está em tratamento veterinário e em breve estará recuperado – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Coloquei em grupos no Facebook, avisei todas as clínicas e encontrei vários cachorros parecidos, mas nunca era. Uma vez, fugiu um cachorrinho igual a ele e estava aqui na clínica vizinha. Quando eu vi a foto, sabia que não era o Marley, mas consegui encontrar a dona dele e passei o contato. Pensei ‘eu não tive um final feliz, mas ela vai ter’”, lembrou ela, que tem uma filha de seis anos e outra mascote, cadelinha semelhante ao Marley, chamada Lily – todos sentiram muito a falta dele.

Reencontro é seguido por cuidados

O reencontro aconteceu graças à rotina de entrega de água e gás do estabelecimento, na região do bairro Mathiensen. O casal de proprietários suspeitou do paradeiro do bichinho e o encontrou quase abandonado, cheio de carrapatos, infecções nos ouvidos, debilitado e muito sujo. Descobriram que, durante o período, ele atendeu pelo nome Pulguinha. 

“Eu acho que ele me reconheceu, mas pareceu um pouco desconfiado, até por estar doente. Mas quando a minha filha chamou, ele atendeu e a gente já se emocionou. Eu nunca desisti de procurar. E assim que ele estiver melhor, vamos microchipar”, comentou a tutora.

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Irreconhecível após banho, tosa e outros cuidados, Marley foi avaliado pelo médico veterinário Alex R. Domiciano, que já o conhecia, e está em tratamento. Segundo o especialista, o cãozinho perdeu muito peso e apresentou alterações no hemograma indicando um quadro de Erliquiose, a doença do carrapato. 

Causada pelos hemoparasitas que atacam o sangue, a doença é uma infecção grave que pode levar à morte. Também pode afetar gatos e seres humanos, mas é mais comum em cachorros.

“Nesta semana iniciamos o tratamento e ele já está bem melhor. Deve estar recuperado em breve”, resumiu o veterinário.

Ivaldete com o cão Marley, recuperado – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Fugas são comuns e exigem atenção

Alguns cachorros apresentam alta sensibilidade a barulhos. Em relação aos fogos de artifício, a recomendação de Alex é colocar o animal em um quarto um pouco mais escuro, ligar uma televisão ou rádio para abafar o som e ficar junto com ele. Mas outras situações podem resultar em fuga e perda dos pets, como guia estourada durante passeio, por exemplo. 

“Os cachorros andam muito. Eu já peguei cachorro que escapou do outro lado da cidade, lá no Jardim Brasil, e encontramos aqui no Parque Novo Mundo. É mais comum do que a gente imagina. Mas quando estão microchipados, fica mais fácil a identificação”, pontua o veterinário.

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A microchipagem pode ser feita tanto em cachorros quanto em gatos, com a colocação de um dispositivo muito pequeno sob a pele, com dados que identificam o tutor.

Para acessar as informações, é necessário utilizar um leitor disponível nas clínicas de veterinários. O custo para implantação pode variar, mas a reportagem consultou que é possível realizar com R$ 75. Não há malefício para o animal e a implantação é simples. Também existem coleiras com rastreadores via GPS no mercado pet.

Seja qual for o motivo, após uma fuga ou passeio sozinho e mais prolongado que o comum, Alex orienta consultar um médico veterinário.

“Não sabemos se o paciente se alimentou e se teve contato com outro animal com doença infectocontagiosa, então o ideal é realizar exame físico e complementares, hemograma, função renal e hepática, para checar se está tudo bem. Se ele estiver com as vacinas anuais e vermífugos semestrais em dia, são mais proteções para ele”, conclui.

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