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Pais & Filhos

Saiba reconhecer ansiedade e dificuldades na adaptação escolar

Novidades nos primeiros meses do ano letivo podem abalar interação do aluno com a escola

Por Isabella Holouka

27 de março de 2023, às 07h52

A psicóloga Lorraine de Pieri Brandão e a diretora pedagógica do IEA, Carla Miranda - Foto: Junior Guarnieri - Liberal

Ano novo, escola nova, novos conteúdos e amigos. Nem sempre a adaptação escolar será fácil, e pode ser ainda mais complicada quando envolve a retenção do aluno ou mudança de escola dentre tantas novidades. São diversos os motivos possíveis para um estudante não se sentir plenamente acolhido e seguro no ambiente escolar, e tanto as escolas como também as famílias precisam estar atentas para ajudá-lo.

Isolamento, apatia, choro, dificuldade para dormir e mudanças nos hábitos alimentares estão entre os sinais emitidos pelas crianças e adolescentes para dizer que algo não está bem, observa a diretora pedagógica do IEA (Instituto Educacional de Americana), Carla Miranda. 

Psicóloga na mesma escola, Lorraine de Pieri Brandão explica que a dificuldade de adaptação dos alunos pode ocorrer por vários motivos, relacionados à aprendizagem ou por razões sociais. “Precisamos agir para identificar e interpretar qual é o motivo e nada melhor do que ter o momento de escuta. Precisamos ouvir nossas crianças e adolescentes, conversar sobre os sentimentos e validar o que eles estão sentindo”, ressalta.

A parceria entre família e escola precisa ser ainda mais forte diante de situações que fogem do esperado, como quando a criança ou adolescente é retida, precisa repetir a série e conviver com uma nova turma, enquanto os antigos companheiros de sala seguem adiante. Nestes casos, a psicóloga defende uma mudança no olhar para ajudar os filhos.

“Precisamos entender que não significa apenas que o aluno ‘não deu conta’ dos conteúdos daquela série, e sim, que ele está tendo uma segunda oportunidade de aprender e se desenvolver melhor para sanar a dificuldade anterior. É muito importante conversar e mostrar o lado bom de todas as situações, com uma mudança de olhar e de fala”, afirma.

Quando o estudante está vivendo em uma nova cidade, estado ou país e, consequentemente, também está em uma nova escola, também tem a oportunidade de conhecer e vivenciar lugares e amizades, e lembrá-lo dos pontos positivos e de aprendizagem desta situação trará mais segurança de que tudo ficará bem, destaca Lorraine.

“Em muitos casos, a mudança de escola é inevitável, então as escolas precisam se preparar para acolher da melhor forma possível os novos alunos, com atividades e dinâmicas de socialização. Em questão pedagógica, um diagnóstico identifica o que o estudante já aprendeu e quais são as possíveis lacunas nos anos anteriores. Proporcionar grupos de estudo, aulas de apoio e atividades complementares pode ajudar o estudante a rever e se adequar ao novo ensino”, diz Carla.

Para auxiliar na adaptação dos alunos, o Instituto aposta em atividades de socialização e acolhimento, conta com equipe treinada para atendimento e canal digital caso o aluno não se sinta à vontade para procurar ajuda local. Além disso, alguns estudantes são treinados para identificar colegas com dificuldade para socializar em sala de aula ou intervalo, segundo Carla.

“Sem isso, não conseguiríamos orientá-los em questões como rotina de estudo, organização escolar, aulas de apoio, atividades esportivas e desenvolver o acolhimento coletivo dos alunos. Tudo isso vem contribuir que o aluno se sinta parte da escola e se abra para os novos desafios e novas amizades”, afirma a diretora pedagógica. 

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