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Pais & Filhos

Período de férias é oportunidade para sair da rotina e fortalecer vínculos familiares

Período pode ser importante não só para o descanso da rotina, mas também para que pais e filhos aproveitem um tempo de qualidade juntos

Por Isabella Holouka

18 de julho de 2022, às 08h48

Pais e filhos podem aproveitar as férias para um tempo de qualidade juntos - Foto: AdobeStock

Entre afazeres do trabalho, compromissos das crianças, cuidados com a casa e atividades pessoais, quem nunca se viu no modo automático, torcendo para simplesmente chegar ao final da semana são, salvo e com as obrigações em dia? Embora esse modo de viver seja compartilhado por muitas famílias na atualidade, pode influenciar as relações e os vínculos familiares. Felizmente, o período de férias escolares pode ser uma oportunidade de aproximação.

“De repente, quando está todo mundo junto, pensamos: ‘Perai, quem é você? O que aconteceu? Meu filho cresceu e nem vi. Quem é essa pessoa na minha frente agora?’. Conflitos podem naturalmente vir à tona, inclusive de uma maneira intensa. Estar próximo é importantíssimo e as férias são um momento para sair da rotina juntos”, aponta a psicóloga clínica Vanessa Winkler, que tem experiência no atendimento a famílias.

Segundo a psicóloga, as férias podem ser importantes não só para o descanso da rotina, mas também para que pais e filhos aproveitem um tempo de qualidade juntos. A pedido da editoria Pais & Filhos, ela listou dicas para que o mês de julho seja de aproximação entre pais e crianças ou adolescentes.

NÃO PRECISA VIAJAR, NEM FICAR O DIA TODO JUNTO. Passar o mês todo viajando não é a realidade de muitas famílias, e nem sempre as férias escolares coincidem com as férias dos pais. O mais importante, segundo a especialista, é quebrar a rotina e estar junto. “Não estamos falando de fazer coisas 24 horas, mas de tirar um momento para fazer algo mais intenso, criativo, se dedicar, faz toda a diferença para ambos”, afirma.

COMPARTILHEM MOMENTOS DO DIA A DIA. Atividades simples do cotidiano são capazes de criar memórias afetivas na infância e na adolescência. Estabelecer uma rotina mais brincante e criativa é a saída. “Vamos dormir por um dia todos juntos na sala, cozinhar inventando uma receita, limpar a casa juntos, ir ao supermercado ou à feira, fazer a criança participar das atividades, mostrar que os pais podem fazer outras coisas além de trabalhar, coisas que não se vê na rotina. E tenha leveza, para que não fique forçado”, orienta.

RESGATE SUA PRÓPRIA INFÂNCIA. Uma maneira de fortalecer vínculos é conversar, contar a própria história, passear por lugares onde os pais cresceram e sugerir atividades de resgate da própria infância. “Assim, de alguma forma, você imprime para as crianças pequenas, para as crianças maiores e para os adolescentes uma outra experiência, real e viva. Resgata a si mesmo também neste período”.

INVISTA EM ATIVIDADES FÍSICAS. Ocupar os espaços públicos ao ar livre, como praças e parques, além de ser muito saudável, é uma alternativa para gastar energia e ajudar crianças e adolescentes a se desligarem dos jogos on-line, das telas e dos aplicativos. Jogar futebol, basquete, vôlei, andar de bicicleta, de patins, patinete, ou simplesmente caminhar podem ser boas saídas.

DEMONSTRE INTERESSE. “Ainda que a minha rotina esteja igual, se houver um momento em que eu possa sentar, conversar, me interessar pelo que o outro fez durante o dia, faz toda a diferença”, aponta a psicóloga. De acordo com ela, mesmo que o papo seja sobre o TikTok ou o Instagram, os pais podem demonstrar interesse e abrir espaço para conversas.

RESERVE UM TEMPO PARA FAZER NADA. Muitas vezes, atoladas de atividades, as crianças e adolescentes não têm tempo e nem disposição para momentos criativos que podem aflorar nas férias, através do chamado ócio produtivo. Para isso, é importante ter um tempo para não fazer nada, descansar, dormir até mais tarde.

ATENTE-SE ÀS NECESSIDADES DO SEU FILHO. “A proximidade pode acontecer de diversas formas, a intimidade entre pais e filhos também. Às vezes ter um tempo e poder ouvir traz mais intimidade do que viver abraçando e beijando. Cada família tem suas características, não podemos generalizar e dizer o que é bom ou ruim”, pontua a psicóloga. “É importante estar atento às necessidades, ao que o filho gostaria ou precisa da relação. Muitas vezes eles podem precisar de espaço e pouco contato. Às vezes a demanda é pelo abraço, pelo toque”, completa. 

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