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Em casa

Jogos de tabuleiro contribuem para o desenvolvimento infantil

Além de entreter as crianças em casa e envolver a família, eles oferecem desafios

Por Isabella Holouka

09 de julho de 2020, às 10h25

Os jogos de tabuleiro podem ser uma saída para entreter a família, especialmente as crianças, durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Mais do que isso, as atividades contribuem para o desenvolvimento dos pequenos, oferecendo desafios para a aprendizagem.

“O nosso pensamento se desenvolve por meio de desafios, e os jogos de tabuleiro têm como característica a proposição de um obstáculo ao pensamento, por isso eles são importantes para a aprendizagem e para o desenvolvimento infantil”, explica a pedagoga e mestranda em educação Ivana Aparecida de Araújo Rocha.

Os jogos também contribuem com o aspecto afetivo, já que envolvem emoções – Foto: Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

De acordo com ela, os jogos podem contribuir para o desenvolvimento infantil pelos aspectos social, cognitivo e afetivo. “Jogos de tabuleiro demandam uma interação, em jogo de competição ou cooperação. Contribuem com o desenvolvimento cognitivo por conta das situações que são propostas para que se pense e resolva. E no aspecto afetivo, contribuem para as emoções que envolvem o jogo, de ganhar ou perder”, pontua a pedagoga.

Além disso, cada jogo tem regras distintas e pode estimular diferentes habilidades e conhecimentos, dependendo do objetivo e da faixa etária para a qual a atividade é voltada.

Por isso, a pedagoga recomenda que jogos como Jogo da Vida, Banco Imobiliário, War, Cara a Cara, Damas, Xadrez, Dominó, dentre tantos outros, sejam inseridos na rotina das famílias durante a pandemia, e dá algumas dicas para isso.

Organizar e acompanhar. “É preciso que o espaço esteja organizado para o jogo, e pode ser necessário que o adulto jogue com a criança até o fim, para que ela compreenda. Depois, talvez ela consiga se adequar melhor ao jogo, entenda melhor e se anime também, até o final da atividade”.

Observar a faixa etária. “O jogo tem que estar de acordo com o nível dos participantes, para garantir que eles terão um entendimento bom. Se for muito fácil, o jogo não vai causar um conflito, vai desestimular. E se for muito difícil, ele pode não interessar”.

Jogar em dupla e em família. “É importante que dentro da rotina se estabeleça um momento para os jogos, e as interações ocorram de diversas formas. É importante ter um jogo que se faz em dupla, mas também aquele que se faz com a família toda, porque incentiva a participação”.

Fazer combinados. “Para que os jogos ocorram da melhor forma, combine que cada um vai jogar até o fim, então não podemos desistir no primeiro obstáculo. Vai ser uma situação em que vocês vão conversar para poder chegar até o final”.

Equilibrar a competitividade. “É preciso fazer uma interpretação da situação: qual é o nível de competitividade que precisa no jogo? Uma competitividade um pouco mais equilibrada, com a colaboração entre as crianças, faz com que cheguem ao objetivo sem deixar de cooperar com o outro”.

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