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A partir dos 6 meses

Dicas de como fazer a introdução alimentar nos bebês

Fundamental para construir hábitos saudáveis, nutricionista infantil esclarece as principais dúvidas das mães sobre alimentação

Por Dino Divulgador de Notícias

26 de agosto de 2020, às 09h49

A introdução alimentar é uma fase de aprendizado do bebê fundamental para ele crescer forte e com hábitos alimentares saudáveis. A nutricionista materno infantil Camila Garcia recebe frequentemente no consultório mães com dificuldades para fazer o filho se alimentar bem. É nesta fase que a criança aprende sobre os alimentos, mas ainda há muitas dúvidas em como fazer na prática

Quando começar a introdução alimentar? Como saber se o bebê está pronto? Como preparar os alimentos? Como oferecer? Quais alimentos são permitidos e quais são proibidos? Quais são os métodos de introdução alimentar? Como estabelecer nova rotina? Segundo Camila, essas são as principais dúvidas das mães e com informação, elas podem passar por essa fase de forma segura e tranquila

A introdução alimentar é quando o bebê faz a transição do aleitamento materno ou da fórmula infantil para os alimentos. É uma fase de aprendizado na qual a criança aprende a comer os alimentos sólidos. Ela começa por volta dos 6 meses, mas não é uma regra. Deve-se observar cada bebê, assim como os sinais que ele dá de que está pronto para esta fase.

Nesta fase, o bebê vai aprender sobre os alimentos, formando o seu paladar e adquirindo hábitos alimentares saudáveis. A confiança e segurança da mãe é essencial para que ela seja bem feita. Saber como agir, como oferecer os alimentos e quando começar é fundamental para uma introdução alimentar correta, que vai garantir o aprendizado do bebê.

A introdução alimentar é quando o bebê faz a transição do aleitamento materno – Foto: Adobe Stock

Quando começar a introdução alimentar?
A recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria é começar a introdução alimentar por volta dos 6 meses de idade. É nessa fase que o bebê passa alguns sinais de que ele está pronto para receber outros alimentos que não seja o leite. Esses sinais são chamados de sinais de prontidão, que é quando a criança consegue ficar sentada quase sem apoio, segurando bem a cabecinha e o tronco para conseguir mastigar e engolir a comida corretamente, assim diminui as chances de engasgo, e também quando ela pega os objetos e leva até a boca ou demonstra interesse nos alimentos. É importante olhar para esses sinais, pois eles mostram se o bebê está realmente preparado. Além disso, nessa fase somente o leite já não é suficiente, a criança precisa aprender a comer e conhecer os alimentos.

Como evitar alergias na introdução alimentar?
Para evitar alergia, se for uma criança saudável, é preciso oferecer todos os alimentos, até mesmo os alergênicos. Não tem nenhuma restrição, pode e deve oferecer todos os alimentos, como peixes, ovo e castanhas a partir dos seis meses no início da introdução alimentar. É importante oferecer no começo da introdução alimentar para diminuir a chance de alergia que pode vir a ter futuramente. Aqui falamos muito mais sobre identificar e tratar alergias na introdução alimentar.

O que pode oferecer e o que não pode na introdução alimentar?
Na introdução alimentar, pode oferecer qualquer alimento que seja de verdade, como frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, carnes, ovos, etc. Não tem nenhuma restrição desses itens quando falamos de crianças saudáveis. O que não é permitido: sal, açúcar, sucos (nem natural), leite e derivados, carnes cruas, mel, frutos do mar, farináceos, gelatina, bolachas e biscoitos (alimentos industrializados).

Na fase após os 6 meses o leite já não é suficiente, a criança precisa aprender a comer e conhecer os alimentos – Foto: Adobe Stock

Como começar a introdução alimentar
“No meu método de introdução alimentar, eu recomendo começar devagar, pois não é porque o bebê está pronto que nós vamos colocar todo tipo de alimento para ele comer em todos os horários de refeição com todos os grupos alimentares. Deve-se começar devagar e aos poucos, para não assustar a criança e com isso ela aceitar bem os novos alimentos. Eu indico começar com uma fruta por dia, pode ser de manhã ou à tarde. É importante que seja sempre no mesmo horário. Após 7 ou 10 dias, quando o bebê já tiver aceitado bem a fruta, incluímos a primeira refeição com todos os grupos alimentares. É importante que tenha um alimento de cada grupo oferecido individualmente. Depois de cerca de 20 dias ou 1 mês, quando a criança já está bem adaptada com as novas refeições, é hora de colocar mais uma fruta e o jantar”, ensina a nutricionista Camila Garcia.

Como estabelecer horários e rotina do bebê
Para a nutricionista materno infantil Camila Garcia, estabelecer uma rotina é muito importante para a boa aceitação alimentar e também para o sono do bebê, para isso estabeleça horários. “Não precisa ter horários muito rígidos, mas quanto mais tiver uma sequência parecida, melhor. Isso traz mais segurança e conforto para o bebê aceitar os alimentos. Ele sabe que almoçou agora e que depois ele vai dormir. Quando ele acorda, tem um lanche”.

Quando o bebê não tem rotina nenhuma, tem que ir colocando aos poucos os horários: horário de brincar, de comer, de cochilar e de acordar. É importante ir adaptando de acordo com a rotina da casa e de cada bebê. Essa rotina pode sim ser alterada conforme o crescimento e desenvolvimento do bebê, por exemplo. Depois ela volta ao normal aos poucos, esclarece a nutricionista.  

“Saber como agir, como oferecer os alimentos e quando começar é fundamental para uma introdução alimentar correta”, diz Camila Garcia – Foto: Adobe Stock

Como preparar as comidinhas do bebê
Segundo a nutricionista infantil Camila Garcia, preparar a comidinha do bebê é bem simples: geralmente os alimentos são cozidos, no vapor ou na água, assados ou grelhados. É essencial que o alimento seja oferecido individualmente, sem misturar ou liquidificar, pois o bebê precisa conhecer o alimento assim como seu sabor, textura e cheiro. Somente oferecendo separado é que ele vai aprender.

Antes de 1 anos não é recomendado usar sal nas comidas do bebê. Temperos naturais estão liberados, como alho, cebola, salsinha, cebolinha, manjericão. Evite também temperos industrializados, eles não são bons nem para adultos nem para crianças.

Hoje em dia muitas mães não têm tempo para fazer a comida todos os dias, até porque nessa fase, o bebê come pouco e ela deve ser diferente da comida da família, principalmente no que se refere ao sal, então para facilitar ela pode ser congelada.

Se quer fazer a introdução do seu filho corretamente, baixe o ebook, ele é um guia para as mães: www.nutrinfantil.com.br.

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