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Bem-Estar

Entenda a diferença entre virose, intoxicação alimentar e H. pylori; cuidados com a higiene pode evitar problemas

Apesar dos sintomas semelhantes, os problemas têm causas e atingem partes distintas do corpo.

Por Carla Kanamaru - A4eholofote

05 de maio de 2024, às 11h07

Virose, intoxicação alimentar e da H. pylori apresentam sintomas parecidos e podem causar confusão. Entre as principais queixas estão: dor no estômago e na barriga, enjoo, febre e diarreia. Apesar das semelhanças, os problemas têm causas e atingem partes distintas do corpo. Por isso, o gastroenterologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Gerson Nogueira de Morais explica como identificar cada uma das doenças.

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“É preciso atentar aos sintomas, pois tanto virose quanto intoxicação alimentar causam diarreia, porém, a última apresenta episódios mais intensos. Já H.pylori, o principal sinal é uma forte dor no estômago”, resume o especialista.

“Virose” é o nome popular das enterovisores causada pela presença de vírus no tubo digestivo inferior – intestino grosso. Os principais responsáveis são o rotavírus e o adenovírus, microrganismos de facilíssima transmissão.

Na Medicina, o quadro de enterovirose, associada às doenças diarreicas aguda, é conhecido como gastroenterocolite. O principal sintoma é a diarreia. Diferente do conhecimento popular, a virose não é transmitida exclusivamente pela água ou por alimentos contaminados. O problema também pode ser consequência do contato de material infectado com as vias respiratórias.

“Também podem possibilitar a ocorrência do caso o contato com pessoas, objetos, água e alimentos contaminados. Vale lembrar de que a virose é uma doença de transmissão fecal-oral, ou seja, é preciso ingerir ou inalar materiais fecais com vírus que causam o problema”, explica o médico.

Os sintomas variam de acordo com a gravidade dos casos. Em quadros leves são comuns: diarreia líquida de duração limitada, e nos graves: desidratação, febre e vômitos. Também é possível acontecer a contaminação assintomática.

Estão mais vulneráveis à virose crianças e idosos, pois têm o sistema imunológico mais frágil. No caso dos mais velhos, o problema é agravado, pois perdem líquido com facilidade. A definição do diagnóstico ocorre com base no histórico clínico e na conversa (anamnese) com o paciente. O tratamento é feito a partir da hidratação do corpo, pois se perde muito líquido com os episódios de diarreia. A medicação controla os sintomas.

A intoxicação alimentar é causada por bactérias e toxinas geradas por esses microrganismos no intestino grosso. Os sintomas são exatamente os mesmos da virose, mas pode apresentar quadros mais intensos de diarreia com presença de sangue e/ou pus. Sofrem mais com o problema a população idosa.

O que difere a intoxicação alimentar da virose é a causa do problema, pois um está relacionado a bactérias e o outro a vírus. Além disso, os “veículos” que levam esses microrganismos para o corpo humano, sendo no primeiro caso, alimentos e água contaminada, e no segundo, o ar contaminado.

Atenção à conservação dos alimentos não perecíveis, principalmente nos períodos de calor. É indicado consumir itens após a higienização adequada, em até três dias depois de abertos e guardá-los de acordo com as orientações nas embalagens.

O diagnóstico é feito com base no histórico clínico e no relato do paciente. Em alguns casos podem ser solicitados exames de laboratório. O tratamento da intoxicação alimentar é realizado com antibiótico e outros medicamentos para suavizar os sintomas.

Pylori é o nome popular da infecção causada pela presença da bactéria helicobacterpylor na mucosa do estômago. Pode causar o desenvolvimento de gastrite, úlcera e, em casos raros, linfoma não Malt. A transmissão ocorre pelo contato com fezes, saliva, água e alimentos contaminado pelo microrganismo. Os sintomas são dor no estômago e na parte superior do abdômen.

Diferente da virose e da intoxicação alimentar, a H. pylori atinge exclusivamente o estômago. Não há relação entre a infecção e problemas no tubo digestivo inferior, episódios de diarreia, sensação de azia e refluxo. O diagnóstico é feito a partir de exame endoscopia e o tratamento com antibiótico e antisecretores.

O gastroenterologista do HSPE Dr. Gerson explica que apesar de causas diferentes, as medidas para evitar o problema são as mesmas. “A higienização das mãos, dos alimentos e dos ambientes são essenciais para evitar a contaminação por microrganismos. É importante também evitar comer itens abertos e expostos ao ar por muito tempo”, acrescenta.

Fonte: Iamspe, Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo

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