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Revista L Saúde

Atividade física ajuda na cura e prevenção de doenças

Mais que contribuir para a boa forma, exercícios ajudam a lidar com doenças crônicas e envelhecimento

Por Isabella Holouka

10 de janeiro de 2022, às 10h29 • Última atualização em 10 de janeiro de 2022, às 10h36

Estima-se que até 5 milhões de mortes por ano no mundo poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. Para se ter uma ideia, a recomendação da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que todos os adultos façam pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes, com o objetivo de controlar ou prevenir doenças.

Mais que contribuir para a boa forma, exercícios ajudam a lidar com doenças crônicas e envelhecimento – Foto: Adobe Stock

“Hoje temos diversas evidências científicas de que a prática regular de atividade física, o movimento corporal, ajuda na prevenção de uma série de males, como doenças metabólicas, cardiovasculares, respiratórias, imunológicas, renais, doenças osteoarticulares, e até cânceres. Em todas elas, as diretrizes de tratamento vão incluir o exercício físico, mas com cuidado ao melhor tipo. A intensidade vai depender da doença e das limitações que ela traz para aquela pessoa”, esclarece a professora e pesquisadora Cláudia Forjaz, da EEFE (Escola de Educação Física e Esporte) da USP (Universidade de São Paulo).

Ela recomenda a busca por ajuda profissional no desenvolvimento das atividades, e especializada a quem convive com doenças crônicas. “O exercício físico quando é bem feito traz benefícios, mas quando é feito de forma inadequada pode trazer consequências ruins”, resume.

Contudo, de uma maneira geral, as vantagens de se manter ativo ultrapassam com folga as possíveis desvantagens. Quem convive com a obesidade, por exemplo, ao praticar atividade física regularmente, tende a diminuir a gordura corporal visceral – localizada no interior dos órgãos na região abdominal e considerada a mais prejudicial para a saúde.

No caso de quem tem doença arterial coronariana, cuja causa mais comum é o acúmulo de placas de gordura nas artérias, o condicionamento físico ajuda a diminuir os riscos de um evento cardiovascular.

Já para quem tem doenças osteoarticulares, como artrite, fibromialgia, ou doenças de coluna, como lombalgia ou cervicalgia, o exercício ajuda a prevenir dores.

Idosos

O estímulo mecânico de músculos e articulações através da atividade física regular é capaz de desacelerar a perda de massa muscular que costuma iniciar a partir dos 50 ou 60 anos e pode chegar a 40%. Este declínio do nosso sistema músculo-esquelético é metabólico, contínuo, natural e fisiológico, atinge homens e mulheres, e pode ser traduzido em um envelhecimento natural.

“Exercícios que envolvam musculação ou resistência muscular devem ser incluídos pelo menos uma vez na semana. A melhora de função do aparelho músculo-esquelético confere maior proteção e pode reduzir consideravelmente a ocorrência de desequilíbrio muscular e, consequentemente, as quedas, que podem resultar em fraturas”, explica o professor Sergio Rocha Piedade, coordenador da Medicina do Exercício e do Esporte da FCM (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp (Universidade
Estadual Paulista).

Também precisa ser considerado o fortalecimento emocional do idoso, já que os exercícios contribuem para que ele se sinta mais confiante, motivado para realizar suas atividades diárias, independente e ativo, além de proporcionar novas amizades. 

Entretanto, àqueles que estão sedentários há algum tempo é recomendada uma avaliação médica a fim de investigar possíveis problemas clínicos ou orientar quanto à melhor estratégia. A supervisão de um educador físico também se mostra fundamental. 

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