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Futebol

Gestão critica divisão política e diz que queria ficar até fim do ano no Cruzeiro

Por Agência Estado

04 de abril de 2020, às 20h39 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h58

O sábado foi dia de uma importante definição política no Cruzeiro. O Núcleo Dirigente Transitório, grupo que assumiu o comando do clube após a renúncia do presidente Wagner Pires de Sá, vai deixar a gestão ao fim de maio, pois optou por desistir de ter candidato na eleição para um “mandato tampão”, até o fim de 2020. E culpou a disputa política por essa saída precoce.

A ideia do grupo gestor era ter Emílio Brandi como candidato para o pleito agendado para 21 de maio. Mas como um outro nome se apresentou para a disputa – Sergio Santos Rodrigues -, ele optou por se retirar da disputa. Assim, o novo presidente, que deverá ser definido por aclamação, assumirá o clube em 31 de maio.

O plano do Núcleo Dirigente Transitório era ficar à frente do Cruzeiro até o término deste ano, sendo sucedido pelo nome vencedor da segunda eleição do clube em 2020, que está prevista para ser disputada em outubro. “A ideia era continuar até o final do ano para continuar estruturando o clube ao novo presidente para as eleições do final do ano”, disse Saulo Fróes, atual presidente do Cruzeiro, à reportagem do Estado.

Santos Rodrigues possui apoio de nomes importantes da política do Cruzeiro, com Zezé Perrella e Gilvan de Pinho Tavares. Agora, ele deve ser eleito em 21 de maio e buscar um novo mandato, de três anos, no fim de 2020.

“Existe uma corrente antiga que deseja eleições agora e apoia um candidato. Visando evitar uma eleição agora e outra no final do ano que iria dividir o clube, resolvemos retirar nosso candidato em defesa do Cruzeiro, e encerrar assim nosso ciclo”, afirmou Fróes. “O candidato único é ligado a facções antigas e temos receio dessas ligações mas torcendo para manter a mesma seriedade e compromisso que estabelecemos”, acrescentou.

A gestão do Núcleo Dirigente Transitório teve início em 23 de dezembro, após a renúncia da administração anterior. O time enfrentava graves problemas financeiros e havia sido rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro em 2019. Nesta semana, o grupo completou cem dias à frente do clube e fez um balanço de suas ações, estimando cortes de R$ 156 milhões da folha salarial.

Fróes lamentou o fim do trabalho do grupo pela disputa de poder no Cruzeiro. “Nosso trabalho é reconhecido por todos, tiramos o clube da falência e retomamos a credibilidade. Para que uma eleição agora e outra no final do ano? Mas a política no Cruzeiro é complicada, muitos interesses foram contrariados. Como estamos lá por amor, sem qualquer interesse, sacrificando nossos negócios, não queremos brigar para ficar”, declarou.

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