Esportes da região
Alexandre Galgani: o foco está em Paris
Atirador de Sumaré recebe prêmio do Comitê Paralímpico e objetivo agora é deixar para trás o desempenho em Tóquio, mirando a disputa em 2024
Por Caio Possati
19 de fevereiro de 2022, às 08h52 • Última atualização em 21 de fevereiro de 2022, às 17h17
Link da matéria: https://liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/alexandre-galgani-o-foco-esta-em-paris-1716778/
O 10º lugar na disputa do tiro esportivo na Paralimpíada de Tóquio-2020, que foi realizada no ano passado, foi um resultado muito aquém do que Alexandre Galgani, de Sumaré, esperava. Mas não foi o suficiente para tirar dele o prêmio de melhor paratleta brasileiro da modalidade em 2021, entregue pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), durante cerimônias realizadas nos dias 8 e 9 de fevereiro, em São Paulo.
O atirador, que é nascido em Americana e mora e treina em Sumaré, mas também realiza treinamentos em Campinas e no Rio de Janeiro, espera que 2022 seja melhor do que a temporada anterior. Para isso, ele se apega ao prêmio conquistado, como um motivador para que este ano seja de resultados mais expressivos do que em 2021, sempre visando a conquista de uma vaga na Paralimpíada de Paris, em 2024.
“Esse prêmio representa todo o meu esforço durante o ciclo da Paralimpíada de Tóquio. Eu não consegui obter o melhor resultado da competição, mas dei o meu melhor. Então, esse prêmio é simbólico e é um reconhecimento sobre todo o meu esforço e minha determinação para chegar ao Japão”, disse Galgani.
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O baixo rendimento na Paralimpíada se deve a duas razões principais, segundo o atleta: o tempo de dois anos longe de competições, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e o fato de ter disputado a principal competição esportiva do mundo com a sua carabina quebrada.
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“Eu tive um ano bem difícil no ano passado. Eu tive alguns problemas de saúde, e ainda estou me recuperando, mas ainda não voltei ao meu melhor desempenho. E como eu estava há muito tempo sem competir, isso me prejudicou bastante e tudo caminhou para eu não fazer uma competição muito boa. Além disso, meu equipamento deu problema. Tive que fazer uma gambiarra para as disputas, mas quando eu cheguei no Brasil, a arma quebrou de novo”, contou.
Para consertá-la, Alexandre vai precisar ir à Alemanha, onde funciona a fabricante da sua carabina, que faz os reparos do equipamento de graça. “Se eu tivesse que importar, ficaria mais caro e demoraria mais”, explicou.
Quando estiver com a arma reparada, o paratleta de Sumaré pretende focar ainda mais nos treinamentos, para se classificar para os Jogos Paralímpicos de Paris.
Neste ano, ele pode conquistar a vaga em duas oportunidades. Em junho, o atirador viaja à França para a disputa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo para atletas com deficiência e, em novembro, vai participar do Mundial da modalidade, em Al-Ain, nos Emirados Árabes Unidos.
Aos 38 anos — vai fazer 39 em abril —, ele espera usar a maturidade de 41 anos anos que vai ter em 2024 para alcançar o principal objetivo da carreira. Em tom otimista, ele diz: “eu ainda não consegui a tão sonhada medalha paralímpica, mas graças a Deus, um dia ela vai chegar”, enfatizou.