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MEIO AMBIENTE

Retomado, Barco Escola busca ampliar capacidade de atuação

Projeto de educação ambiental voltou em novembro após pausa pela pandemia

Por Marina Zanaki

06 de junho de 2022, às 07h25

O projeto “Navegando pelas Águas do Conhecimento”, realizado pela Associação Barco Escola da Natureza na Represa do Salto Grande, em Americana, foi retomado em novembro do ano com uma alta procura. Mas a demanda pelo programa de educação ambiental, que ocorre após dois anos de pandemia, esbarra na falta de verbas, e o projeto tem conseguido atuar com metade de sua capacidade. A Secretaria de Meio Ambiente de Americana diz que estão em andamento discussões para incrementar o apoio ao Barco Escola.

O projeto atende mensalmente cerca de 450 crianças de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste. Em sua capacidade máxima, chegou a atender o dobro, totalizando em um ano 12 mil atendimentos. Atualmente, há uma lista de 22 escolas da região aguardando agendamento, o que seria suficiente para preencher os horários até setembro de 2023.

Atualmente, o Barco Escola atua com patrocínio da CPFL Renováveis e apoio da prefeitura, através do DAE (Departamento de Água e Esgoto), que fornece monitores e motorista, e a Secretaria de Educação, que disponibiliza o transporte. No auge de sua atividade, a associação contava com apoio de várias empresas da iniciativa privada.

O projeto atende mensalmente cerca de 450 crianças – Foto: Divulgação

Presidente da associação, João Carlos Pinto afirma que a alta procura demonstra que o programa oferece resultados. Os participantes são recepcionados no barco do projeto, onde participam de uma aula de educação ambiental enquanto navegam pela Represa do Salto Grande.

Em seguida, eles fazem uma visita à ETA (Estação de Tratamento de Água), onde obtêm na prática conhecimentos sobre recursos hídricos, esgoto sanitário e os processos de purificação da água antes de ser destinada para o abastecimento da população.

“As crianças aprendem in loco, nossa represa é um laboratório vivo. Tudo que você precisa para a educação ambiental não é lousa ou mídia, está aqui. Elas veem o aguapé, a cianobactéria na garrafa e enxergam de perto o tamanho do problema. O segundo diferencial é que além do aprendizado, é também um passeio. Isso cativa as crianças”, defende João.

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Além dos alunos, o Barco Escola também é procurado por estudantes e professores universitários interessados em coletar materiais, e que buscam a associação como ponto de apoio para pesquisas. Representantes de outras cidades também se deslocam até Americana para aprender o funcionamento do projeto e implantar novos “Barcos Escolas”.

FINANCIAMENTO. João conta que se reuniu com o prefeito Chico Sardelli (PV), o vice Odir Demarchi (PL) e secretários no último mês de maio para conversar sobre a necessidade de ampliação do apoio ao projeto para aumentar a capacidade de atendimento.

“O prefeito disse que, de uma forma ou de outra, temos que voltar como era antes, nem que for para buscar verba na iniciativa privada ou na área pública. Mas ele disse que o Barco Escola é prioridade, e isso deixa a gente bastante motivado”, relata o presidente da associação.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Americana, as tratativas para definir alternativas de incrementar o apoio ao Barco Escola estão em andamento.

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