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DIA DO MEIO AMBIENTE

Moda sustentável: estamparia botânica é tema de TCC na Fatec de Americana

Técnica estudada por alunas usa folhas e flores descartadas para impressões em roupas; confira fotos

Por Paula Nacasaki

04 de junho de 2023, às 09h58

Maria Luiza e Gisele, alunas de tecnologia têxtil e moda da Fatec - Foto: LéoSalvato / Divulgação

Duas alunas do curso superior de tecnologia têxtil e moda, da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Americana, idealizaram uma proposta de sustentabilidade e ressignificação de peças de roupa, com o objetivo de mostrar que é possível criar com impactos menores ao meio ambiente.

O conceito de estamparia botânica – técnica que usa folhas, flores, sementes e caules já “descartados” pela natureza para estamparem roupas – é tema do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de Gisele Cristina Felipe, de 53 anos, e Maria Luiza Veloso, de 44, que será apresentado no próximo dia 20 de junho. Ele foi batizado de “Vestir-se bem emocionalmente e ecologicamente para viver bem”.

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Inicialmente, as estudantes tinham ideias diferentes sobre a produção do TCC. Gisele queria expor sobre estamparia africana, e Maria Luiza falava em rendas do Nordeste. Depois, após pesquisas, elas se convenceram pela estamparia botânica.

Dali em diante, os caminhos se uniram e o propósito gerou resultados, entre eles, a customização de um colete que foi estampado e lançado pela têxtil Santista em sua coleção de inverno 2024, em São Paulo.

Gisele havia produzido uma estamparia botânica em um jeans de sua nora e uma representante da Santista se interessou pelo trabalho e pediu que ela realizasse a transformação na peça cedida por eles.

Ainda durante o desenvolvimento do TCC, as duas desenvolveram a Coleção Conexão Ecológica, que basicamente busca trazer “vida nova” para uma peça velha, utilizando o método de estamparia botânica, além da aplicação de retalhos, trazendo originalidade e criatividade a roupas que possivelmente seriam descartadas.

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Professor e coordenador do curso, Daives Bergamasco diz que a temática defendida pelas alunas atende a um público preocupado com as questões ambientais. “O setor têxtil atualmente passa por um processo de transformação, onde a pegada sustentável deve ser um dos pilares a serem seguidos”, comenta.

As alunas dizem que a escolha do tema ocorreu por acreditarem que todos são capazes de realizar algo para colaborar com o meio ambiente, e o projeto simboliza o início para ambas. Para elas, a ressignificação das peças, além de se tornar algo atemporal, evita a produção de peças novas, que colaboram, em parte, para a deterioração do meio ambiente.

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