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LIBERAL, 70

Nossa história, do tipo ao toque

Da montagem artesanal das páginas até a agilidade das redes sociais, LIBERAL se mantém firme no ideal de um Jornalismo crítico e independente

Por Marina Zanaki

01 de junho de 2022, às 07h16 • Última atualização em 01 de junho de 2022, às 08h13

Do tipo ao toque. Ao longo de seus 70 anos de trajetória, o LIBERAL avançou através de várias tecnologias. Hoje, o Grupo Liberal informa por meio do jornal impresso, site, redes sociais, ondas do rádio e revistas. Mas o início do grupo foi bem mais modesto.

A história do jornal começa em uma pequena casa na Rua 12 de Novembro, no Centro, endereço onde os fundadores Jessyr Bianco, Romeu Mantovani e Arnaldo Mantovani colocaram em prática o plano de um jornal independente em Americana.

O trio almejava um jornal diferente dos veículos que existiam à época, todos alinhados ao governo. Após ver vários artigos críticos serem engavetados em outros jornais, eles buscavam uma forma de financiamento que não os prendesse a interesses políticos ou econômicos. Empréstimo de banco foi descartado, assim como pedir apoio para políticos.

O empresário Jayme Antas, dono de uma empresa têxtil, forneceu a verba necessária para a compra da impressora Minerva. A máquina, que imprimia uma página por vez, concretizou o ideal do trio de fundadores.

Os textos eram montados de forma manual, tipo por tipo, ou seja, letra por letra, em um trabalho praticamente artesanal. Em 1956, o grupo investiu em uma impressora plano-cilíndrica, da marca Rhenânia, que imprimia duas páginas por vez.

A década de 1960 ficou marcada pela compra de um prédio de dois andares na Rua Washington Luiz, também no Centro. A Redação ocupava o piso superior, e a oficina contava com a impressora automática Planeta.

A máquina representou um salto de inovação, pois pegava a folha em branco e a devolvia impressa. Ela permaneceria no LIBERAL por duas décadas, até ser substituída por uma impressora rotativa Man. A máquina, inaugurada em 1975, possibilitava imprimir 24 páginas por vez.

Nessa mesma época, a operação se mudou para o prédio atual, na Vila Santa Catarina. A entrada ficava na Rua Padre Manoel da Nóbrega, mas após ampliações para abrigar toda a estrutura do jornal, o acesso passou a ser feito pela Rua Tamoio.

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As páginas coloridas começaram a ser impressas no LIBERAL em 1° de junho de 1996, após a compra de uma impressora offset. Importado do Canadá, o equipamento chegou ao Brasil depois de 23 dias de viagem em um navio. Montada na própria sede do jornal, ela veio com uma capacidade de 24 páginas preto e branco e 16 coloridas. Esta é a máquina que segue imprimindo as edições diariamente.

PLATAFORMAS. Buscando novas formas de se comunicar e informar a população, o Grupo Liberal incorporou a Rádio Você AM 580 nos anos 2000. A rádio se consolidou como mais uma plataforma de comunicação, e nove anos depois a FM Gold 94,7 se juntou ao Grupo Liberal. Trazendo uma programação musical que mistura flashback e novidades, a emissora segue firme no propósito de trazer também Jornalismo de qualidade.

DIGITAL. Em maio de 2011, entrava no ar o site do LIBERAL. Lançado como parte das comemorações dos 59 anos do jornal, ele alçou o grupo à era digital, levando à internet o compromisso com a verdade que pautava a cobertura regional do jornal impresso. O lançamento ocorreu cerca de um mês antes do falecimento do fundador Jessyr Bianco.

Ao longo da pandemia da Covid-19, uma outra guerra foi travada no campo da comunicação. Enquanto as fake news se difundiam, o site do LIBERAL foi referência em informação atualizada e precisa. Isso teve reflexos nos números, já que o site alcançou a marca de 25 milhões de acessos em 2020, 52% a mais do que em 2019. No mês de março, quando a pandemia foi decretada, o site teve audiência recorde para um mês, com 7 milhões de páginas visualizadas.

O LIBERAL avançou para as redes sociais com as páginas no Facebook e Twitter. Em 1° de junho de 2012, o jornal anunciava a criação de uma conta no Instagram. A rede social iria explodir em número de usuários no País apenas três anos depois, mas na edição de aniversário de 60 anos o jornal já divulgava a inovação.

De lá para cá, foram mais de seis mil publicações e 72 mil seguidores. Hoje, o Instagram representa um lugar onde os leitores acessam diretamente o conteúdo das notícias, seja por meio de fotos, textos ou vídeos. Além disso, é um espaço para a interatividade com o leitor e que oferece atualização imediata a apenas um toque.

Na época da máquina de escrever, Jessyr Bianco já falava de uma mudança na comunicação que iria transformar o Jornalismo.

“Meu pai foi muito visionário, há muito tempo ele falava da internet. Ele dizia que o Jornalismo não iria acabar, mas se transformar. O que ele fez no LIBERAL não foi algo passageiro, mas algo com previsão de durar. Seria um grande orgulho para ele saber que o jornal completa 70 anos e que a ideia dele segue viva até hoje com a gente”, declarou a jornalista Cristina Bianco Alves, filha de Jessyr.

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