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LIBERAL, 70

Assinantes têm jornal como parte da rotina

Há 70 anos, LIBERAL passou a fazer parte da vida das famílias de Americana e região, que colecionam memórias com o jornal

Por Maria Eduarda Gazzetta

01 de junho de 2022, às 07h18 • Última atualização em 01 de junho de 2022, às 08h50

Fundado ainda no século 20, o LIBERAL reúne milhares assinantes e leitores do periódico que formam grupos de diferentes idades, de interesses em assuntos diversos, que herdaram a leitura dos pais ou até mesmo que aprenderam a ler com as letras miúdas do jornal.

O eletricista Edvaldo Pigato, de 55 anos, morador do bairro Santa Eliza, na região do jardim Brasil, conta que o pai começou a assinar o jornal quando ele ainda tinha 7 anos. Edvaldo, recém alfabetizado, folheava as páginas do noticiário para praticar a leitura.

Mesmo após sair da casa dos pais, quando se casou, começou a assinar o periódico. “Eu cresci lendo o jornal e não fico sem. Posso dizer que é um hábito para mim porque eu acordo e a primeira coisa que faço é ler. O LIBERAL faz um bom Jornalismo e dá para confiar”, contou.

O primeiro contato de Hermínio Saciloto Junior com o impresso foi quando ele tinha 12 anos e estudava no Ginásio Estadual de Americana, com a professora Zenaide Carmona. Ele conta que os alunos foram convidados a sugerirem nome ao novo jornal que a cidade ganharia. Apesar de não lembrar se o nome escolhido veio de algum aluno, Hermínio, hoje aos 84 anos, relata que desde a fundação do impresso começou a ler junto com o pai.

Desde o jardim da infância, o cirurgião dentista e professor de odontologia conta que o LIBERAL acompanhou o progresso de Americana e evoluiu conforme o tempo foi passando. Ele se demonstra orgulhoso que fez parte dentro deste caminho. Por muito tempo, foi articulista do impresso sobre os temas que domina, como saúde e prevenção bucal.

“Naquela época não havia jornal na cidade e percebo a importância que ele teve e tem para o município, trazendo, principalmente, as notícias locais. Eu vejo que o jornal era uma semente e hoje é um império”, disse Hermínio.

Ademar Oliva, morador do bairro Jardim Colina, não começou a assinar o jornal desde jovem, mas a partir do momento que conseguiu, aos 36 anos, entrou para o clube dos assinantes do LIBERAL. Segundo ele, “todo mundo precisa de informação”. Agora, aos 86 anos, Ademar avalia que o jornal teve muitas mudanças e contou que ler o impresso é a primeira coisa que faz no dia.

“Há 50 anos fico sabendo as notícias pelo jornal. Não sei até quando vou continuar assinando, mas espero que ainda por um bom tempo”, disse o aposentado.

Também indispensável no cotidiano de Vera Lúcia Fernandes de Sá, ela se recorda de quando era pequena e lia o jornal. Hoje aposentada, aos 77 anos, ela diz que lutou durante sua carreira de assistente social por melhorias em serviços ofertados no setor no município. Por isso, a assinante tem suas seções preferidas do impresso. Ela sempre optou por ler as matérias de cidades e política local.

“Eu tinha que saber o que estava acontecendo na cidade, quem eram os políticos, quais eram os responsáveis que eu poderia conversar e abordar para que essas melhorias pudessem ser realizadas”, explicou Vera Lúcia.

Atualmente, a moradora do Jardim Santana confessa que prefere fazer as palavras cruzadas, na seção do +Cult, para se distrair com as notícias.

Por ser indispensável no cotidiano dos leitores, o LIBERAL também pode trazer as primeiras notícias do dia dos assinantes e, por isso, pode marcar a vida de quem espera pelo impresso bem cedo. Este é o caso da advogada Mari Angela Andrade, de 66 anos. Ela conta que mesmo com a internet, assina o jornal há mais de 30 anos e é o primeiro que lê no dia a dia.

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A advogada relatou que, recentemente, duas notícias lhe marcaram – a invasão da Rússia na Ucrânia e, em 2020, quando o jornal noticiou o decreto de lockdown causado pela pandemia do coronavírus. “Me lembro que essas duas nos últimos anos me deixaram pensando ‘o que vamos fazer?’”, relatou Mari Angela.

Para trazer um pouco de leveza no dia a dia, a advogada conta que gosta de ler as charges porque criticam com bom humor problemas da sociedade.

INTERAÇÃO. O engenheiro José Arnaldo Duarte, de 60 anos, um dos quatro filhos de Maria Aparecida Duarte, de 91, conta que a mãe não assiste jornais na televisão porque é portadora de uma deficiência auditiva. Então, há 15 anos, Arnaldo assina o impresso para que ela, que mora no Jardim São Paulo, fique sempre atualizada.

“Ela gosta de se informar. Quando tinha 75 anos, por exemplo, foi cursar o programa ‘Idade Ideal’, voltado para idosos, oferecido pelo Unisal (Centro Salesiano Universitário de São Paulo). Hoje, o LIBERAL para ela é uma forma de se manter atualizada”, comentou o engenheiro.

Maria Aparecida lê o jornal em duas partes: na primeira, vê as manchetes e principais informações da capa. Depois disso, cuida de sua horta e faz outras atividades domésticas. Quando termina, volta para o impresso. “Gosto muito de ver a coluna social. Se sai alguém conhecido, recorto e coloco na geladeira”, relatou a aposentada.

OUTRAS CIDADES. Apesar de ser lido, principalmente, por moradores das cinco cidades que compõem a RPT (Região do Polo Têxtil), o jornal também tem assinantes em outros municípios, como Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e em Limeira.

Aos 4 anos, Abigail Foschini Gobbo se mudou com os pais de Limeira para Americana. Ela se estabeleceu na cidade, formou sua família e por 30 anos, foi procuradora jurídica da Prefeitura de Americana. Ela tem uma história familiar com o LIBERAL. Ela é viúva há oito anos de Walter Nilton Gobbo, irmão do Diógenes Gobbo, um dos ex-editores mais antigos do periódico.

Leitora assídua do impresso, há 30 anos Abigail decidiu, junto com o marido se mudar para Campo Grande (MS) para ficar mais perto da filha e das duas netas. Como não ficava sem saber as novidades da cidade e o jornal ainda não contava com um site em 1991, o filho de Abigail, que ficou morando em Americana, juntava os jornais de sábado a sexta-feira e enviava para a mãe, via correio, no fim de semana. Quando o filho lia alguma reportagem urgente, recortava a notícia e encaminhava um fax para a mãe.

Com a implantação da edição virtual, Abigail, hoje com 83 anos, passou a ser assinante do LIBERAL e conta que todos os dias pela manhã, liga o computador e lê as notícias. “Leio ele inteiro. Pronto. Fico por dentro de quem nasceu, de quem morreu”, disse a aposentada.

Quem também é de longe e assina a edição virtual há quatro meses, é a assessora de imprensa de uma empresa localizada em Americana, Mariana Nogueira Marciano, de 34 anos. Ela contou à reportagem que optou por assinar o periódico para saber as notícias da cidade e, também, sobre as notícias que podem ser divulgadas sobre a indústria.

“Mesmo não sendo da cidade, eu gosto de ficar por dentro do que acontece, porque também posso tentar encaixar a empresa em algum assunto que está acontecendo”, comentou Mariana.

O jornal tem um espaço aberto com os leitores e alguns deles, escrevem, voluntariamente, artigos sobre diversos temas. Assinante há 40 anos, o aposentado Eduardo Paparotti, de 81, é articulista do impresso desde a década de 90, mas há quatro, escreve com mais frequência. “Eu gosto de ler, de escrever, por isso decidi. Normalmente escrevo sobre temas bíblicos, música sacra, entre outros”, disse o aposentado.

NOVA GERAÇÃO. Durante os 70 anos do LIBERAL, o jornal tem se desenvolvido, acompanhado as transformações das gerações e se adaptado às novas realidades digitais. O advogado Raphael Pires, de 28 anos, assina a versão digital do LIBERAL há cerca de um ano. O morador do bairro Parque das Nações conta que desde criança o jornal esteve presente na rotina da sua casa. Quando começou a aprender a ler e escrever, amava as charges e os quadrinhos do +Cult.

Hoje, o advogado conta que as informações estão na palma de suas mãos, a qualquer hora do dia. O caderno que ele mais gosta de ler é o de Cidades. “O hábito que eu tenho é acordar e ler o jornal. Pelo LIBERAL, acompanho os fatos de Americana e região, eu gosto bastante”, comentou o advogado.

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