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Cultura

Diretor Mohammad Rasoulof, condenado a oito anos de prisão pelo Irã, está em local secreto na Europa

Por Agência Estado

14 de maio de 2024, às 07h35

Vencedor do Urso de Ouro em 2020, Rasoulof emitiu o comunicado na segunda, 13. “Estou na Europa há alguns dias após uma longa e complicada viagem”, diz.

O novo filme do diretor, A semente do figo sagrado, está na disputa pela Palma de Ouro em Cannes deste ano. A presença de Rasoulof no festival de cinema na França, porém, continua incerta.

Segundo o diretor, as autoridades iranianas continuam a perseguir e a interrogar a equipe, o elenco e até familiares de envolvidos na produção.

“As autoridades iranianas estão tentando convencer a equipe do filme de que eles não sabiam o teor da história e foram manipulados a participar do projeto”, acrescentou no comunicado.

Oficialmente, o Irã o condenou por crimes de segurança nacional por produzir “filmes e documentários”. Além da pena, Rasoulof teve bens confiscados.

“Eu me oponho fortemente contra a recente e injusta decisão que me forçou ao exílio. De qualquer forma, o judiciário iraniano tem tomado decisões tão crueis e estranhas que eu mal deveria reclamar da minha sentença”, diz.

“Penas de morte estão sendo dadas enquanto o Irã tem tomado como alvo a vida de manifestantes e ativistas de direitos civis. (…) A engrenagem criminosa da República Islâmica está violando direitos humanos de forma contínua e sistemática”.

A organização Human Rights Watch afirma que o cineasta já era monitorado, o que o fez ser condenado a um ano de prisão em 2022. No mesmo ano, um tribunal também proibiu Mohammad de fazer filmes sob a acusação de “propaganda contra o sistema”.

Preso em julho de 2022, o cineasta foi liberado em fevereiro de 2023 para cumprir a pena em casa por motivos de saúde. No ano passado, foi selecionado para o júri de Cannes, mas recusou o convite por ter sido impedido de sair do Irã.

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