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ALEGRIA E FRUSTRAÇÃO

Venda de ingressos para show da Taylor Swift mobiliza fãs da região

Nas últimas semanas, os fãs entraram em uma verdadeira loteria para conseguir comprar ingressos para os shows da “The Eras Tour”

Por Marina Zanaki

02 de julho de 2023, às 09h38 • Última atualização em 02 de julho de 2023, às 12h18

Na tradução do inglês para português, swifter significa mais rápido. Mas o termo ganhou um novo significado na cultura pop e passou a se referir à legião fãs da cantora Taylor Swift. Os swifters passaram anos torcendo para que ela fizesse um show no Brasil e sofreram com o cancelamento da turnê em 2020 por conta da pandemia. Nas últimas semanas, eles entraram em uma verdadeira loteria para conseguir comprar ingressos para os shows da “The Eras Tour”, que chega em novembro ao Brasil fazendo um passeio por todas as fases da carreira da artista.

Maria Eugênia Lião Comelato conseguiu a senha 13 mil, mas ainda assim não teve sucesso na compra do ingresso – Foto: Marcelo Rocha_LIBERAL

A estudante Maria Eugênia Lião Comelato, de 20 anos, de Americana, chegou a conseguir a senha 13 mil, mas ainda assim não teve sucesso na compra do ingresso. “Eu e minha irmã ficamos bastante tempo tentando, mas não deu. É uma das minhas artistas preferidas, ficamos bem tristes”, disse a estudante.

A webdesigner Bruna Tondato Amorim da Silva, de 25 anos, de Americana, acompanha a cantora desde o início da adolescência, e para ela a renovação da artista ao longo do tempo é uma das coisas que explicam o carinho dos fãs. “Rola uma identificação, meu crescimento foi junto com o dela. Fui percebendo maturidade nas músicas, e as diferentes fases que ela estava passando”, considera a webdesigner.

Ela cobrou mais transparência no processo de vendas. Bruna chegou a pegar uma senha na casa dos 900 mil, que ia atualizando conforme os setores esgotavam. Mas na mais próxima que conseguiu, em torno de 12 mil, descobriu que não havia mais ingresso disponível. “Talvez abram mais datas, mas não adianta muito se não tiver transparência maior nas vendas. A gente sabe que tem uma galera vendendo por valores muito mais altos”, finalizou Bruna.

O Procon-SP emitiu um auto de notificação contra a empresa Tickets for Fun, responsável pela venda, e recomenda registrar queixas no site www.procon.sp.gov.br. A reportagem procurou a empresa, mas não houve resposta até o fechamento da edição.

SORTE. Quem tirou a sorte grande na loteria dos ingressos foi a advogada Bruna de Lima Gomes, de 30 anos, que vai no show com sua irmã Ana Carolina, de 21, ambas de Americana. Elas tinham comprado ingresso para o show de 2020, que foi cancelado por conta da pandemia, e por conta disso participaram da primeira pré-venda.

Marina Mac Knight no show da Taylor Swift nos Estados Unidos – Foto: Arquivo Pessoal

Mas conseguiram apenas uma entrada, ao invés das duas que precisavam. Quando abriu a venda geral, fizeram uma verdadeira mobilização para comprar. Elas conseguiram o segundo ingresso com a senha 37 mil. “Eu tocava as músicas e minha irmã ouvia, então acabou gostando também. Estamos muito felizes, não vejo a hora de ir”, contou Bruna.

Mas os problemas na venda de ingressos não foram exclusivos do Brasil. A analista de controles internos Marina Mac Knight, de 27 anos, de Americana, foi aos Estados Unidos em abril para assistir ao show, e contou que lá houve apenas pré-venda para pessoas que se inscreveram e foram sorteadas. A venda geral de ingressos que estava prevista acabou não acontecendo, levando os fãs à revolta. Marina também flagrou cambistas americanos vendendo ingressos a preços absurdos.

Apesar de ter tido sorte de conseguir comprar, Marina contou que precisou encontrar uma pessoa que tivesse celular americano para confirmar seu cadastro no site. Agora, está animada para o show em São Paulo, que conseguiu na pré-venda dedicada a quem tinha ingressos em 2020.

“Você fica pensando, será que vale a pena tudo isso? É um sufoco no dia do show, mas são mais de três horas de apresentação, com músicas de todas as eras. Para nós do Brasil, que nunca tivemos oportunidade de ir em um show dela, vale cada centavo, cada dor no pé”, defende a analista.

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