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Movimento

Projeto ‘(In)Cômodos’ tem mais uma edição

2ª edição do projeto da Cia Arte Móvel acontece pelo Zoom e, desta vez, reúne quatro bailarinos e quatro coreógrafos

Por Isabella Holouka

18 de julho de 2020, às 08h46 • Última atualização em 18 de julho de 2020, às 13h34

A necessidade de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) suspendeu as atividades artísticas presenciais e fechou espaços que abrigam os artistas e seus movimentos criativos. Ao mesmo tempo, os colocou em casa, em um contato mais íntimo e intenso com tudo aquilo que incomoda na atualidade.

Por isso, a Cia Arte Móvel, de Santa Bárbara d’Oeste, apresenta mais uma edição do projeto ‘(In)Cômodos: práticas e descobertas entre quatro paredes’, desta vez reunindo quatro bailarinos e quatro coreógrafos, em quatro dias de apresentação, nos quatro cômodos da casa: quarto, banheiro, sala e cozinha.

Os bailarinos Isabela Romano, Duda Gouveia, Letícia Oliveira e Lucas Casagrande integram o projeto – Foto: Divulgação

Dentre os bailarinos estão Duda Gouveia, Isabela Romano, Leticia Oliveira e Lucas Casagrande, que têm como coreógrafos Vanessa França, Marcos Vedovetto, Rafa Fernandes e Marcela Gozzi. A produção foi de Lays Ramires e Vinícius Pestana. Todas as reuniões entre as equipes foram virtuais.

As apresentações começaram quinta e prosseguem até este domingo (19), sempre às 20 horas, pelo aplicativo Zoom, e com público limitado a 100 pessoas por dia. As regras para garantir o acesso à sala de espetáculo estão descritas no Instagram @ciaartemovel.

Para Otávio Delaneza, diretor e um dos idealizadores do projeto, o momento que vivemos é carregado por angústias gerais, que são
sentidas com intensidade por todos os artistas, e por isso os incômodos do universo do teatro e da dança são semelhantes.

“Os incômodos fazem parte da essência humana e ainda mais da essência do artista. O ator reverbera os seus incômodos na atuação e o bailarino no seu corpo, com o seu movimento”, pontua.

A bailarina e coreógrafa Kely Gouveia, orientadora do projeto, comenta que os artistas foram desafiados pelos ensaios através das telas e pela necessidade de construir uma apresentação para os telespectadores, além de terem trabalhado com profissionais que antes desconheciam.

“Para o coreógrafo, o bailarino é uma caixa de ferramentas, então foi como construir uma máquina sem saber quais ferramentas você tem. Já o bailarino teve que se preparar para se tornar um instrumento, a partir das ideias e concepções dos coreógrafos, sem saber quem eles são”, explica.

“Eu acho que o público pode esperar uma experiência muito diferente, mas que vai se conectar muito com os sentimentos e sensações neste momento de pandemia”, acrescenta Kely.

A primeira edição do projeto (In)Cômodos ocorreu em maio, reunindo quatro atores e quatro diretores e pode ganhar novas edições pela frente. “Estamos abrindo convites para uma terceira edição e gostaríamos muito fazer desse projeto permanente”, comenta Delaneza.

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