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Cultura na região

Luta contra o câncer inspira curta-metragem em Sumaré

“A Cura dos Corpos” retrata a jornada de Diego, que enfrentou um linfoma de Hodgkin

Por Stela Pires

30 de junho de 2024, às 09h01

A trajetória de luta contra o câncer que levou Diego Trevisan a ficar entre a vida e a morte foi transformada no curta-metragem “A Cura dos Corpos”. A produção foi uma das contempladas na LPG (Lei Paulo Gustavo) de Sumaré, município em que ele reside e onde a história foi exibida na telona de um cinema na manhã deste sábado como ato de estreia.

O ponto de partida para a produção do curta foi quase simultâneo à descoberta de Diego sobre seu diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, em 2020, aos 33 anos. O artista buscou no YouTube por pacientes que enfrentaram o mesmo problema que ele e superaram.

O resultado, no entanto, foram vídeos de médicos falando sobre o câncer. “Então eu disse ‘eu vou ser esse ponto de luz, eu vou ser a esperança de pessoas que não tiveram esse contato com outros pacientes’”, contou Diego.

A produção de “A Cura dos Corpos” começou a partir deste momento, assim como o tratamento do artista contra o câncer.

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Diego decidiu registrar todo o processo que viveria – e viveu – de maneira poética “porque não tem como expressar o que eu passei através de palavras”, disse.

Os sintomas começaram por incômodos no pulmão e na garganta. Uma bateria de exames acusou manchas no pulmão do artista, que foi encaminhado para uma biópsia e resultou no diagnóstico do Linfoma de Hodgkin clássico.

Diego Trevisan (esq.) auxiliou na direção e produção de A Cura dos Corpos; ao lado dele, o diretor de fotografia dos curtas, Edson Júnior – Foto: Matheus Batata

A luta foi árdua. Ele iniciou as quimioterapias, que não obtiveram sucesso. Enfrentou outros procedimentos, mas a saúde piorou e chegou a ficar no oxigênio após perder 80% da capacidade pulmonar.

Depois de testar alguns medicamentos mais pesados, Trevisan precisou fazer um transplante autogênico e em seguida mais sessões de quimioterapia.

Diego, enfim, estava curado, mas o medo da reincidência fez com que o médico optasse por um segundo transplante, o de medula, doada pelo irmão do artista. Ele ficou livre da doença na metade de 2023.

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Diego conta que no processo de cura fez as pazes com amigos, familiares e antigos amores.

“Por isso, o curta-metragem se chama ‘A cura dos corpos’, porque não foi apenas o meu corpo físico que se curou, foi minha mente, minha alma e vários corpos”.

Hoje, aos 38 anos, Diego entende que tem uma missão com o curta, que é transformar a vida das pessoas através da comunicação.

O artista participou da produção de outros dois curtas pela LPG. “A Cura dos Corpos”, inspirado na história de Diego, foi proposto por Cláudio Lima.

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Trevisan propôs “Vai Dar Tempo”, no qual atuou, e também participou da produção de “Será Que Ele Gosta de Mim?”, de Edson Dias Cotrim Jr.

A ideia da equipe é levar todos os curtas para festivais de cinema e disponibilizá-los ao público em seguida. O público pode acompanhar as próximas etapas pelo Instagram da produtora responsável pelos curtas (@bilateralfilmes) ou pelo perfil de Diego (@diego_trevisan).

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