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LITERATURA

Escritora americanense publica livro em comemoração aos 25 anos de carreira

Lançamento de “Ocupação”, de Tânia Martinelli, acontece neste sábado, em Americana

Por Stela Pires

19 de agosto de 2023, às 09h15

No dia 19 de agosto de 1998, a então professora Tânia Martinelli lançava “Violeta”, seu primeiro livro, no Teatro Municipal Lulu Benencase, em Americana. Aquele era o primeiro passo de sua carreira como escritora e hoje, exatamente 25 anos desde então, ela lança “Ocupação”, obra que comemora a sua trajetória na literatura. 

O lançamento será na Papelaria Tamoio, neste sábado (19), das 17h às 20h, com uma sessão de autógrafos da autora. “É o livro mais lindo que eu escrevi na vida”, disse Tânia em entrevista ao LIBERAL.

“Ocupação” é uma obra de cunho social que acompanha o amadurecimento e desconstrução da adolescente Sofia, que tem 14 anos no início da história. A menina ocupa um lugar confortável: vive em uma bela casa, em um condomínio fechado, sonha em ser médica, assim como sua mãe, e tem os privilégios de uma família estruturada e rica.

Tânia Martinelli lança “Ocupação” em comemoração aos 25 anos de carreira na literatura – Foto: Junior Guarnieri / LIBERAL

Moradora de São Paulo, Sofia nunca esteve fora dos muros da propriedade em que vive, mais especificamente, fora da bolha que a impede de ver a realidade da capital paulista. Durante um “Open Campus” – uma visita à universidade -, ela conhece Bernardo, um estudante do primeiro período de ciências sociais, que será o responsável por apresentar a menina ao mundo.

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“Ela vai se desconstruindo e vai se construindo, vai se autoconhecendo e vendo qual o papel dela no mundo”, conta Tânia. A história acompanha a trajetória de Sofia por três anos, até o fim do Ensino Médio.

A obra é um reflexo dos caminhos e vivências da escritora durante esses 25 anos de literatura, e até mesmo de sua vida antes de ser escritora. Enquanto professora de português, Tânia deu aula em escolas da periferia e teve contato com adolescentes, público contemplado em seus livros. 

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O cunho social de suas obras sempre estiveram intrínsecos nela. “Eu sempre fui uma pessoa de ficar me perguntando por que uns têm e outros não, sobre as políticas públicas, que, inclusive, o Bernardo ensina para Sofia”, disse.

Tânia lecionou por 18 anos. Após publicar oito livros e sentir como era ser uma escritora, ela decidiu se dedicar exclusivamente à escrita. Durante a trajetória na literatura, recebeu o Selo Distinção do Prêmio Cátedra Unesco de Leitura, da PUC-Rio, em 2020, pelo livro “Estou Aqui se Quiser Me Ver”. A obra também foi eleita como Melhor Livro Juvenil pela AEILIJ (Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil).

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“Os prêmios foram uma coroação para mim”, disse. Mas, para ela, a “cereja do bolo” foi ter a obra “Louco Por HQs” traduzida para espanhol pela editora Panamericana, da Colômbia.

Com o mesmo livro e no mesmo ano, Tânia foi finalista na categoria Livro Estrangeiro Publicado no Exterior, do Prêmio Jabuti, um dos mais tradicionais do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

“Isso me dá muita energia para escrever, muita vontade de estar com os leitores, de falar, de conversar, de continuar. Sempre foi a paixão da minha vida, então eu estou fazendo aquilo que eu amo, não existe nada melhor que isso”, disse a escritora.

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