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Cultura na região

Cantora de Americana participa de documentário sobre debate racial

“Inconscientes Revelados” terá exibição gratuita no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, pelo YouTube

Por Isabella Holouka

17 de novembro de 2020, às 09h22 • Última atualização em 17 de novembro de 2020, às 09h23

No mês da Consciência Negra, o documentário “Inconscientes Revelados” apresenta uma narrativa repleta de fatos históricos e sociais, incentivando o debate racial no contexto histórico brasileiro. 

Produzido pela ativista pela diversidade étnico-racial e ex-consulesa da França em São Paulo, Alexandra Loras, o documentário conta com a participação da cantora Elisabete Almeida, professora de canto e técnica vocal da Escola Municipal de Música “Heitor Villa-lobos”, no CCL (Centro de Cultura e Lazer de Americana).

Ao LIBERAL, Elisabete conta ter sido convidada por Alexandra para cantar uma das músicas que foram compostas especialmente para o documentário e destaca a importância do projeto.

Cantora Elisabete, de Americana, na produção do documentário – Foto: Cat Martins / Divulgação

Em 70 minutos de duração, o filme mostra a formação histórica dos brasileiros até o cenário atual e retrata as cicatrizes e estruturas do racismo ainda presentes na sociedade.

A reflexão acontece através das histórias e depoimentos de personalidades como a juíza federal Mylene Ramos, o antropólogo do afro consumismo Fernando Montenegro, a ex-ministra dos Direitos Humanos Luislinda Valois, o historiador Leandro Karnal, e a deputada federal Tia Eron, que compartilham suas jornadas de vida e posicionamentos sobre a posição da pessoa negra na sociedade.

“Existe uma segregação racial cordial no Brasil e esse é um dos focos do ‘Inconscientes Revelados’. No documentário, expomos as raízes de comportamento dos brasileiros, assim como os vieses de pensamento que constroem essa nação diversa, porém austera, em que ainda é latente a cultura do racismo”, afirma Alexandra Loras, em nota encaminhada à imprensa.

“Vemos histórias que se repetem por todo Brasil. Alexandra tem o olhar de uma pessoa de fora. Ela é negra, mas é francesa e tem outra relação com a questão racial, vê de uma maneira mais precisa todos os momentos de racismo velado que para a gente são coisas do cotidiano”, diz Elisabete. 

“Embora o racismo seja velado, e a sociedade nos diga para esquecer, não esquecemos e reproduzimos inconscientemente os erros. É de extrema importância o diálogo, para racionalizar e resolver”, completa.

“Foi muito importante para mim enquanto artista, enquanto professora, para que os meus alunos tenham acesso a este tipo de conteúdo. Enquanto mulher negra é muito importante que isso seja visto. Eu espero que o governo, assim como permitiu o apoio, também atue na distribuição e difusão do documentário”, conclui.

Elisabete Almeida é baiana nascida em Salvador e há mais de oito anos se dedica às lições de canto na Escola Municipal de Música “Heitor Villa-lobos”, no CCL, em Americana. A cantora ganhou projeção com o papel de Carlota no musical “O Fantasma da Ópera”, da Broadway em São Paulo, há dois anos.

O documentário ‘Inconscientes Revelados’ será exibido gratuitamente no dia 20 de novembro, às 19h, pelo Youtube do coletivo M.O.O.C..

A produção é da DreamBox, com viabilização pela Lei de Incentivo à Cultura e patrocínio da farmacêutica Sanofi, apoio da agência e coletivo M.O.O.C. (Movimento Observador Criativo) e realização da Secretária Especial da Cultura do Governo Federal.

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