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SÉRIE

Arte Daqui: Conheça Pâmela Mascara, precursora do jazz funk em Americana e região

A dançarina profissional se mudou há 10 anos para o município e trouxe uma nova modalidade de dança

Por Stela Pires

03 de março de 2024, às 08h26 • Última atualização em 04 de março de 2024, às 08h21

Pâmela Mascara se instalou em Americana há 10 anos e trouxe o jazz funk à região – Foto: Claudeci Junior/Liberal

Algumas pessoas acreditam que a vida é feita de destino, verdade ou não, todos os caminhos e esforços levaram a dançarina profissional Pâmela Mascara ao dela: se estabelecer em Americana e ser precursora do jazz funk por aqui.

Paulistana criada em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, Pâmela esteve imersa no universo da dança desde os quatro ou cinco anos de idade, quando começou a frequentar aulas de ballet clássico. Logo após, a dançarina expandiu os horizontes para a ginástica artística e manteve as duas modalidades em paralelo por quase 10 anos de sua vida.

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Mas uma oportunidade irrecusável bateu à porta da dançarina. Um clube particular de renome da capital, que recebeu nomes como Daniele Hypolito, abriu a porta para que Pamela pudesse treinar a ginástica artística.

Ela definiu que o caminho dali para frente seria na ginástica e consequentemente interrompeu a prática da dança. Pamela ficou de cinco a seis anos sem dançar, até que decidiu voltar à prática e se formou em Ballet Clássico pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul.

A transição entre as modalidades, no entanto, não foi fácil. “Eu sou apaixonada pela ginástica artística até hoje, inclusive sou casada com um técnico […], mas foi uma decisão já que eu realmente não ia ter muito futuro na ginástica”, contou.

O caminho dela até Americana aconteceu justamente pelo marido, André Altemeyer, que recebeu a proposta de treinar a equipe de ginástica do Centro Cívico. Há exatos 10 anos, completos agora em março, eles se instalaram na cidade.

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Pâmela, que chegou a dar aulas antes da mudança, logo começou a trabalhar em uma escola de dança na cidade, a Art American Dance. O primeiro cargo foi na recepção, mas em quatro meses ela começou a dar aulas de video dance na escola.

“Eu sou uma professora que trouxe coisas diferentes de São Paulo para cá. Quando eu cheguei aqui as escolas eram mais do ballet clássico e do jazz. Uma ou outra tinha, por exemplo, sapateado”, contou.

As inovações de estilos que Pâmela trouxe à região não se restringiram ao video dance. Em 2018 ela apresentou uma nova modalidade para Americana: o jazz funk – uma junção de duas modalidades da dança. 

O jazz funk trabalha a leveza e sensualidade do jazz, com técnicas e giros, que se juntam à força, potência e atitude das danças urbanas. Pâmela foi incentivada na modalidade pela irmã, que também é dançarina profissional, Stephanie, e pela precursora do jazz funk no Brasil, Fernanda Fiuza.

O estilo virou uma “febre” na região. Bailarinas do ballet clássico se juntaram à modalidade, enquanto pessoas que não eram envolvidas com a dança viram uma chance de começar. Hoje, Pâmela dá aulas em três escolas, com cinco turmas de jazz funk, e sentiu a necessidade de treinar dois alunos para que pudessem assumir aulas que ela não daria conta por causa do volume.

Maternidade e dança

Pâmela é mãe de duas crianças, Felippe, de 8 meses, e Valentina, de 4 anos, que é uma criança com síndrome de Down. A dançarina, que contabiliza 15 aulas semanais entre o jazz funk e jazz, concilia o trabalho com os filhos graças a uma rede de apoio e o marido.

Valentina, que nasceu durante a pandemia, não conseguiria frequentar as terapias de acompanhamento, e o desenvolvimento dela aconteceu dentro de casa, com a mãe dançarina e o pai educador físico.

Quando a reabertura pós-Covid-19 aconteceu, a pequena começou a ir para as terapias e, claro, acompanhar a mãe nas aulas de dança. “Hoje ela faz ballet clássico e ela dançou [no festival], inclusive. Essa foi uma das maiores experiências da minha vida”, disse.

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“Valentina ficou muito tempo dentro dessa sala de aula, aqui no chão acompanhando as aulas. Graças a Deus, os meus alunos super me apoiaram. As escolas que eu trabalho também me deram o maior apoio. Eu fui me adaptando com a maternidade”, contou.

Após um mês do nascimento de Felippe, Pâmela já estava de volta às salas, afinal, era o segundo semestre do ano e os festivais estavam para acontecer, e a dança não podia e nunca vai parar em sua vida.

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