A Orquestra Barbarense de Violas completa 20 anos de raízes com a música sertaneja nesta quarta-feira (20). O grupo formado por 28 músicos, com idades entre 15 e 75 anos, trabalha pela preservação e divulgação
da música brasileira.

O aniversário foi marcado com programas especiais ao longo das últimas semanas, disponíveis no canal no YouTube da Secretaria de Cultura e Turismo, e se encerra com uma apresentação nesta quarta-feira no Teatro Municipal Manoel Lyra.

O grupo é composto principalmente por violões e violas, mas conta também com instrumentos complementares, como contrabaixo, percussão e teclado.

Com três CDs gravados e um DVD, além do reconhecimento como utilidade pública na cidade, o grupo se apresenta em diversos eventos ressaltando a música raiz e remetendo aos velhos tempos com as canções que fazem parte da história nacional. Desde 2017, realiza o Encontro de Orquestras de Violas de Santa Bárbara d’Oeste.

“Estamos cada vez mais orgulhosos da nossa trajetória. Às vezes, nem acreditamos que a orquestra está há 20 anos trabalhando e levando a música raiz para um monte de lugar”, destacou a presidente da orquestra, Marta Padoveze.

Nas duas décadas de existência da orquestra, metade foi sob a regência do maestro Binho Ferraz. Ele destacou que o grupo tem o papel de ajudar a conservar um aspecto importante da cultura local.

“A gente consegue que os mais velhos prossigam seu trabalho e trazemos os mais novos para perceberem que é algo que precisa continuar, faz parte da nossa cultura e da nossa região”, disse o maestro.

Ele considera que manter tradições culturais não é fácil diante dos avanços da tecnologia. “Mas é legal você assistir, ao invés de ouvir no CD ou ler em um livro. Você está presenciando uma cultura regional que ainda é forte, temos em várias cidades orquestra de violas. Mas ninguém esperava que teríamos tanta longevidade, ficamos contentes, é uma das mais antigas da região”, finalizou Binho.

O repertório da apresentação desta quarta-feira foi escolhido
pensando nas canções que marcaram as duas décadas do grupo.

“Uma música muito importante para nós é ‘Chalana’, tocamos desde o começo da formação da orquestra. Ela traz muita saudade porque tinha um companheiro que gostava muito dela e faleceu, o Paraná. Quando tocamos, lembramos dele, que falava no meio da música ‘vai, chalana’”, recorda Marta.

Também estará no repertório da noite a canção “O canoeiro”, que é muito popular entre os tocadores de viola e agrada os pescadores. Outro destaque é “Com a viola no peito”, uma composição própria do músico Antonio Amaral Freire, um dos seis integrantes originais da orquestra.

“Essa música foi escolhida por representar o sentimento do violeiro, o que ele sente quando toca e porque a viola é tão importante”, disse a presidente.

Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis nesta quarta-feira na bilheteria do teatro, que atende das 8h30 às 11h30, e das 13h30 às 16h30. Eles devem ser trocados por um produto de limpeza, que será entregue à Creche SOS. Por conta da pandemia, o número total de vagas para a apresentação está limitado a 217.