Em 2022, o Natal chegou junto a um certo receio da população com os rumos políticos que o Brasil estaria por tomar. As eleições presidenciais daquele ano, que polarizaram o País, foram seguidas de protestos e ataques contra o processo eleitoral e à própria escolha dos eleitores.

Junto das fake news que circulavam intensamente sobre o tema, vieram os fantasmas do medo de mudanças bruscas envolvendo políticas econômicas – houve, por exemplo, quem temesse perder, de novo, o dinheiro depositado na poupança. Felizmente, um ano depois, o clima social aparenta certa estabilidade. Para alguns setores, há, inclusive, uma sensação de otimismo.

Na semana que passou, a reportagem do LIBERAL foi à região central de Americana, coração do comércio local, para ouvir frequentadores e comerciantes. As avaliações que faziam do movimento foram positivas, com o destaque para a decoração natalina da Praça Comendador Müller, que tem atraído visitantes e consumidores para o Calçadão.

Em nível nacional, a aprovação e promulgação da Reforma Tributária pode ser considerada histórica em um país como o Brasil, marcado pela burocracia e pela infinidade de siglas e impostos que, muitas vezes, são entraves ao crescimento social. Tal medida, inclusive, colaborou para que a economia brasileira fosse melhor reputada no exterior pelas agências de risco.

Espera-se que, gradualmente, a forma como o Brasil arrecada seus impostos mude para melhor, beneficiando, mutuamente, sistema e contribuintes, sejam eles físicos ou jurídicos, e, quem sabe, mudando a máxima de que o que se paga dificilmente retorna em prol de quem deveria.

Por outro lado, não há como se negar que o custo de vida está mais alto em diversos aspectos do cotidiano. Para lutar contra isso, é preciso emprego, renda e políticas econômicas que se mostrem eficazes no controle da inflação e das contas públicas. Se eficiente a tal ponto, quem sabe tenhamos um Natal ainda melhor em 2024 e sem qualquer fantasma.