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Estúdio 52

Crítica: O Livro de Boba Fett

Série acerta sem querer, entregando fã service puro na preparação para a próxima temporada de O Mandaloriano

Por Diego Juliani

09 de fevereiro de 2022, às 21h01 • Última atualização em 09 de fevereiro de 2022, às 21h14

Quando Dave Filoni e Jon Fraveau entraram de cabeça no mundo de Star Wars, na época do recém-criado serviço de streaming Disney+, em 2019, logo as expectativas, que não eram muito altas por conta do fracasso de crítica da última trilogia no cinema, foram soterradas por uma enxurrada de elogios e o sucesso de O Mandaloriano.

Ali ficou bem claro que a dupla sabia bem o que estava fazendo, e, acima de tudo, respeitava e era realmente fã do que Star Wars representa para história do cinema.

Por isso, quando O Livro de Boba Fett foi anunciado, ainda em 18 de dezembro de 2020, o hype, que já era real, cresceu tanto. Contar a história do famoso caçador de recompensas, e o que ele fez para fugir do estômago do Sarlacc em O Retorno de Jedi, parecia uma ideia mais do que excelente, afinal, estavam juntando a fome com a vontade de comer.

Porém, qual não foi a surpresa ao nos depararmos esse ano com uma série morna, apoiada em flashbacks e que não saia do lugar. De repente o protagonista, antes conhecido por sua eficácia em apagar do mapa rivais e realizar serviços impossíveis, se transformou em um homem preocupado em criar alianças e que não tem o respeito de ninguém.

O medo que a figura do implacável Boba Fett criava ficou pelo caminho, se esvaindo com o vento nas areias quentes de Tatooine. Ao longo de quatro primeiros episódios modorrentos, deixou espectadores decepcionados com os rumos de uma história promissora.

Mas, quando tudo parecia perdido, e como em uma montanha russa, os episódios 5, 6 e 7 trouxeram de volta personagens amados pelo público, como Din Djarin, Baby Yoda, Ahsoka Tano e Luke Skywalker, além de introduzir elementos famosos das animações, como Cad Bane.

Tirando foco de seu próprio protagonista, o seriado evoluiu e entregou alguns dos momentos mais emblemáticos do universo Star Wars em anos, batendo, inclusive, com classe na péssima última trilogia, em um fã service puro.

Parece que Boba Fett estava apenas aquecendo os motores para encerrar sua história como deveria. É uma pena que para isso teve que deixar de lado o personagem título, escancarando que aqueles ao seu redor possuem maior relevância.

No final das contas, Boba Fett nada mais é do que uma temporada “2.5” de O Mandaloriano, o que não é algo negativo, muito pelo contrário.

Só faltou deixar isso claro desde o começo, mostrando de fato, logo de cara, o que o público queria ver.

Nota: 3,5 de 5

Diego Juliani

Editor do LIBERAL, está no grupo desde 2010. Fã de um bom cinema com pipoca, séries que não dão sono e saudosista dos games dos anos 90, o que já entrega sua idade.

Estúdio 52

Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.