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Polícia

Suspeito de ameaçar juízes em Sumaré já foi preso por se passar por agente federal

Marcos Bezerra Sales morreu após se envolver em confronto com policiais da DIG de Americana, no Jardim Amélia

Por Cristiani Azanha

15 de março de 2024, às 17h04 • Última atualização em 15 de março de 2024, às 18h10

Um homem de 44 anos, identificado como Marcos Bezerra Sales, que morreu após se envolver em confronto com policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, na noite desta quinta-feira (14), no Jardim Amélia, na região do Jardim Maria Antonia, em Sumaré, já tinha sido preso em fevereiro deste ano, após se passar por policial federal, na mesma cidade.

Na época, ele foi liberado após a audiência de custódia presidida pelo juiz Aristóteles Alencar Sampaio. No entanto, Sales passou a fazer ameaças aos magistrados da cidade, incluindo o próprio juiz de sua audiência, além de Marcus Cunha Rodrigues, que são responsáveis pela 1ª e 2ª varas criminais de Sumaré, respectivamente.

De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 6 fevereiro de 2024, policiais militares receberam uma denúncia de que um homem armado transitava em um Fiat Palio cinza, na região do Jardim Viel. Os PMs localizaram o suspeito, que desobedeceu a ordem de parada e tentou fugir, mas foi alcançado após breve acompanhamento.

Objetos apreendidos na casa do homem; no destaque, Marcos Bezerra Sales – Foto: Polícia Civil / Divulgação e Reprodução

Sales, que dirigia o carro, identificou-se como agente de inteligência da PF (Polícia Federal), mas não apresentou nenhuma funcional. Ele alegou que somente poderia ser levado pela PF, no entanto, após contato com os próprios federais, os militares foram informados de que o homem nunca foi agente de lá.

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O suspeito também resistiu para entrar no compartimento de presos, mas foi contido e algemado. Conduzido ao ao 3º Distrito Policial de Sumaré, ele foi autuado em flagrante por falsa identidade, resistência e desobediência, mas foi colocado em liberdade no dia seguinte, após a audiência de custódia.

Como o homem também foi apontado como o responsável por várias ameaças e calúnias contra os magistrados, ele passou a ser investigado pela Polícia Civil.

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Inclusive, como o juiz Aristóteles era uma das vítimas, ele se declarou impedido de continuar no caso e André Forato Anhê, que atua em Hortolândia, assumiu o processo.

No trecho do mandado de busca e apreensão expedido também na quinta-feira, Anhê enfatizou que, durante a investigação policial, havia sido constatado que Sales apresentava um perfil agressivo em relação aos agentes públicos com quem lidou. Ele passagens por porte ilegal e disparos de arma de fogo e, dessa forma, teria condições de concretizar as ameaças.

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Em posse do documento judicial, os policiais da Dise estiveram na casa dele, na Rua Moisés de Oliveira, na noite de quinta. Sales teria atirado em direção do delegado Filipe Rodrigues de Carvalho e do investigador-chefe Eduardo César, que revidaram. O homem foi atingido no olho e no tórax e morreu no local, enquanto os policiais saíram ilesos.

Na casa dele foram apreendidos um revólver, munições, colete à prova de balas, camisas da GCM (Guarda Civil Municipal) e de agente penitenciário. Segundo a PM, Marcos chegou a fazer a escola de formação, mas foi desligado.

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