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São Paulo

Arrastão em bloco de carnaval foi provocado por grupo de Sumaré

Policial reagiu a roubo durante bloco de pré-carnaval, e dois rapazes de 19 anos foram presos; grupo deixou Sumaré para cometer crimes na capital

Por George Aravanis

19 de fevereiro de 2020, às 08h05 • Última atualização em 19 de fevereiro de 2020, às 09h27

Dois jovens de 19 anos, ao menos um deles morador de Sumaré, foram presos em São Paulo acusados de participar do arrastão em um bloco de pré-carnaval que terminou com cinco baleados – os dois suspeitos e três foliões foram atingidos.

Um policial civil reagiu ao assalto e diz que um bandido atirou antes. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, um dos presos contou que um grupo de cinco homens saiu em uma excursão de Sumaré para roubar nos blocos da capital paulista. Os outros três não foram localizados. Em seu interrogatório, porém, o rapaz ficou em silêncio.

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Foto: Polícia Militar / Divulgação_17.2.2020
Diferentes blocos levaram milhões de pessoas às ruas de SP no último fim de semana

O caso aconteceu por volta das 17h30, no Itaim Bibi, região nobre da capital. Um investigador da Polícia Civil contou que estava na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, indo à casa de um amigo, quando foi abordado por seis ou sete homens que roubaram suas correntes de ouro e óculos escuros. Ele reagiu e foi agredido com socos e chutes pelo grupo.

O investigador diz que conseguiu segurar um dos assaltantes, identificado depois como Jonathan Rangel Pereira Teixeira, e disse: “Para que é polícia.”

Ele contou que Jonathan tentou pegar a arma de sua cintura e avisou aos comparsas que a vítima era um policial. Neste momento, ainda segundo o investigador, um dos assaltantes sacou uma arma e atirou em sua direção.

O policial diz que se desvencilhou de Jonathan, sacou a arma e deu um tiro. Os assaltantes foram para cima dele e o policial diz que disparou mais duas vezes.

Ele ouviu mais disparos, que não viu de onde vieram. Os bandidos, então, correram e se dispersaram na multidão.

Segundo um dos guardas municipais que participaram da ocorrência, havia cerca de 80 mil pessoas no bloco. Jonathan foi detido pelo policial com correntes que havia roubado dele.

A polícia e a GCM (Guarda Civil Municipal) apareceram no local. Um grupo tentou invadir o 96º DP (Distrito Policial), próximo dali, com duas meninas feridas. Ninguém ficou em estado grave.

Atendimento

Na Santa Casa de Santa Amaro, foi encontrado Pedro Henrique dos Santos Teixeira, reconhecido pelo policial como um dos criminosos. Foi ele que disse, segundo a polícia, que o grupo havia saído de Sumaré para roubar na capital.

Um dos foliões baleados disse ter visto outra pessoa atirando durante a confusão, de acordo com o boletim de ocorrência. No momento do assalto, o bloco “Só Track Boa” estava desfilando.

O governador João Doria (PSDB) defendeu a ação do policial, mas diz que o caso é apurado pela Corregedoria.

A Justiça determinou a prisão preventiva de Jonathan (cujo endereço não consta no boletim de ocorrência) e Pedro, que disse ser morador do Parque Bandeirantes.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A trajetória do impasse em torno da lei municipal de incentivo ao esporte em Americana é o assunto desta edição do Além da Capa. Ouça:

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