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Santa Bárbara

Unimep desativa campus e todos os cursos em Santa Bárbara d’Oeste

Informação foi confirmada pela FAM, que receberá os alunos matriculados na cidade barbarense

Por Leonardo Oliveira

18 de fevereiro de 2021, às 20h30 • Última atualização em 15 de julho de 2021, às 10h44

A Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) desativará o campus de Santa Bárbara d’Oeste e todos os cursos ministrados no local. Os alunos matriculados na unidade serão recebidos pela FAM (Faculdade de Americana).

A informação foi confirmada na noite desta quinta-feira pela instituição de ensino americanense, que citou uma reunião recente com a direção da Unimep para definir a transição.

“A FAM acolherá de forma rápida e segura todos os alunos, para que possam dar andamento ao ensino, sem terem prejuízo acadêmico, auxiliando nos processos de transferência”, informou.

O campus de Santa Bárbara fica na Rodovia Luiz Ometto (SP-306) – ele abrigava os cursos da área de Engenharia e Tecnologia, Arquitetura e Urbanismo e Direito, além da pós-graduação em Engenharia de Produção.

Com a desativação, dezenas de professores que lecionavam no local podem ficar sem emprego, diz a presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), Conceição Fornasari.

“O fechamento significará dezenas de demissões, que não podem ocorrer durante a greve”, defende Conceição sobre o caso.

Os docentes estão em greve desde novembro do ano passado, alegando atrasos nos salários e o descumprimento dos direitos trabalhistas desde meados de 2019. O movimento inclui profissionais dos câmpus de Lins, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste.

Mesmo diante de um cenário frágil financeiramente para a instituição, Conceição não esperava que o fim das atividades no município barbarense fosse se concretizar.

“É o fechamento de um patrimônio educacional, científico, histórico. Não de Santa Bárbara, da região, mas do Brasil, porque o campus Santa Bárbara chegou a ter mais de 2,5 mil alunos”, afirmou.

A universidade, mantida pelo IEP (Instituto Educacional Piracicabano), tem enfrentado grave crise financeira nos últimos anos e dificuldades para completar turmas a cada início de período letivo. Por isso, Conceição estima uma redução drástica no número de estudantes recentemente.

Para a presidente do sindicato, os problemas na Unimep se iniciaram em 2006, “quando a igreja metodista resolveu criar a rede metodista, colocando a gestão da rede nas mãos de um grupo que nada entendia de educação, que não era formado em educação, que veio efetivamente para desconstruir o projeto institucional da Unimep”, opinou.

Após a reportagem ser publicada, a Unimep enviou uma nota, dizendo somente que fez uma ampla revisão do seu portfólio de cursos e que a medida permite uma “melhor adequação ao contexto onde estão localizados os campus da instituição e ao cenário nacional da Educação Superior”.

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