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OPERAÇÃO SEQUAZ

Presa em Santa Bárbara, companheira de chefe de plano contra Moro é solta

Aline de Lima Paixão, de 33 anos, será monitorada por tornozeleira eletrônica, após determinação da juíza Gabriela Hardt

Por João Colosalle

24 de março de 2023, às 17h28 • Última atualização em 24 de março de 2023, às 17h29

A 9ª Vara Federal de Curitiba (PR) determinou a soltura da companheira do homem apontado como líder do plano para matar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Aline de Lima Paixão, de 33 anos, foi presa pela Polícia Federal na última quarta-feira, em um condomínio em Santa Bárbara d’Oeste. O marido dela, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, de 47 anos, também foi preso e é acusado de ter ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

A decisão que liberou Aline é da juíza Gabriela Hardt. Para soltá-la, a magistrada considerou um entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) que substitui a prisão por medidas cautelares para mulheres que têm filhos menores de idade sob sua dependência.

Aline (de camiseta branca e calça azul) foi solta após decisão judicial – Foto: Rafael Magalhães / Ato Press / Estadão Conteúdo

Segundo a Justiça Federal paranaense, Aline está proibida de manter contato com os demais investigados e será monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela também deverá permanecer na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, e não poderá sair de casa entre 22h e 6h.

Aline, o marido e outras quatro pessoas de Sumaré e Hortolândia foram presas pela Operação Sequaz, que investigou uma trama do PCC que pretendia sequestrar e matar autoridades públicas, dentre elas, Sergio Moro e o promotor do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente.

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Nas investigações da PF, Janeferson é apontado como líder da célula que planejava os ataques. O grupo, segundo a polícia, chegou a monitorar locais de votação e a rotina do ex-juiz e sua família – uma ação que ocorria ao menos desde setembro do ano passado.

Uma interceptação telefônica obtida pela PF mostra uma troca de mensagens entre Janeferson e Aline em que ele manda códigos que indicariam a ação do grupo. Em uma das mensagens, ele citava códigos como o apelido atribuído a Moro (Tokio). “Flamengo” seria a chave para “sequestro”.

Segundo a PF, Aline era responsável por auxiliar o companheiro na contabilidade de atividades ilícitas. Conforme o LIBERAL mostrou nesta sexta-feira, ela e Janeferson se mudaram para o Condomínio Jardim das Flores, de alto padrão, em Santa Bárbara, no mês de fevereiro. Para a mudança, utilizaram dados de terceiros.

BLOQUEIOS
Na decisão que autorizou os mandados de prisão e de busca e apreensão, cumpridos na última quarta-feira, a juíza Gabriela Hardt determinou o bloqueio e sequestro dos saldos em contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados em valores entre R$ 10 mil e R$ 500 mil.

A Polícia Federal também pediu o sequestro de imóveis do grupo, medida que foi negada pela Justiça. Dentre os imóveis, estavam casas e apartamentos em sete endereços de Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa e Sumaré.

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