26 de abril de 2024 Atualizado 20:09

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Santa Bárbara

Prefeitura de Santa Bárbara quer radares operando em dezembro

Após um imbróglio judicial, secretário prevê instalação de 28 equipamentos em 14 pontos de Santa Bárbara

Por Leonardo Oliveira

23 de outubro de 2019, às 07h53 • Última atualização em 23 de outubro de 2019, às 16h44

O serviço de fiscalização eletrônica de trânsito pode voltar a funcionar em Santa Bárbara d’Oeste em dezembro. Essa é a expectativa do secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil, Rômulo Gobbi. A empresa Perkons, habilitada para realizar o serviço após um imbróglio judicial, deve instalar 28 radares em 14 pontos da cidade.

Os equipamentos estão inoperantes desde fevereiro de 2018, quando venceu o contrato com a empresa DCT Tecnologia. Agora, a Perkons cumpre as etapas do processo licitatório antes da assinatura do vínculo.

Nesta terça-feira ela teve a apresentação teórica da execução do projeto aprovada pelo setor de engenharia de trânsito da prefeitura.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Radares estão inoperantes no município desde fevereiro de 2018, quando venceu contrato com a DCT Tecnologia

De acordo com Gobbi, está marcado para a quinta-feira da próxima semana o teste prático da empresa. Nele, a Perkons deverá provar que tem condições de cumprir as exigências tecnológicas previstas no edital. Caso consiga a aprovação da administração, o contrato é assinado e ela já começa a instalar os radares.

A última etapa antes de colocar os dispositivos em funcionamento é a aferição do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo). Esse procedimento dura 20 minutos e evita que a velocidade constatada pelos aparelhos esteja equivocada. “Caso o equipamento seja aprovado, recebe um certificado válido por um ano. Quando há reprovação a empresa fabricante é notificada a corrigir o erro”, diz a autarquia.

“Uma vez aferido, a gente pode começar a operar. A gente quer estar com os equipamentos nos locais até o começo de dezembro. Nós estamos nas tratativas querendo que ele comece a operar ainda neste ano, mas como depende desse órgão externo, é possível que eles não consigam. Mas nós estamos tentando”, disse o secretário ao LIBERAL.

A ideia da prefeitura, segundo Gobbi, é ter, no início, radares funcionando em 14 pontos da cidade, mesmo número que existia antes da paralisação do serviço, no ano passado. O edital prevê ainda a possibilidade de estender a tecnologia a 20 locais. O contrato será de um ano, prorrogável por mais três ao custo de R$ 1,8 milhão por cada período de 12 meses.

Os novos equipamentos são mais modernos que os anteriores. Além de fiscalizar a velocidade, também serão usados no sistema de videomonitoramento. “Ele vai nos fornecer dados dos veículos que transitam no local sem que necessariamente ele tenha sido autuado. Vai ajudar muito a polícia a investigar crimes”, acrescenta.

O secretário afirma que a volta do serviço é fundamental para a redução dos acidentes de trânsito. “O radar é mais um desses instrumentos de contenção de acidente que a pessoa passa a ser educada de outra forma, através da repressão. Aí os resultados já são vistos. Quando as pessoas chegam em uma cidade diferente a primeira coisa que observa é onde tem os radares porque não quer tomar multa”, finalizou.

Disputa

O caso foi parar na Justiça depois que a DCT venceu a licitação para operar os radares na cidade ao oferecer o melhor preço, de R$ 1,3 milhão por um ano de contrato, ante R$ 1,8 milhão da Perkons, que conseguiu em março um mandado de segurança contra o processo licitatório ao alegar que a DCT não comprovou capacidade técnica para o serviço.

Esse documento impedia a administração de firmar vínculo com a concorrente. Diante do impasse, a prefeitura revogou a habilitação da vencedora no mês passado e convocou a Perkons para prestar o serviço.

A DCT ainda tentou um mandado de segurança contra essa medida do governo municipal, mas teve o pedido indeferido pela Justiça no mês passado.

Publicidade