19 de setembro de 2024 Atualizado 13:42

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

JUSTIÇA

MP diz que motorista denunciado por atropelar e matar pastor em Santa Bárbara estava embriagado

Órgão propõe aditamento da denúncia sobre caso ocorrido em 2020, em uma pastelaria no Mollon; defesa discorda

Por Lucas Ardito*

18 de agosto de 2024, às 08h20 • Última atualização em 18 de agosto de 2024, às 08h22

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) afirmou na última quarta-feira (14) que o motorista que atropelou e matou o pastor Jhonnathan Richer Guimarães, em dezembro de 2020, estava embriagado no momento do acidente. A constatação do órgão se deu quase quatro anos após o ocorrido em Santa Bárbara d’Oeste. Com isso, foi proposto o aditamento da denúncia.

Em fevereiro de 2023, Wilson Braga de Souza, de 57 anos, havia sido denunciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, além de lesão corporal culposa por conta de outras duas pessoas que foram atropeladas no mesmo acidente, com o agravante de que os atropelamentos ocorreram na calçada.

Um foi morto e outros sete foram atropelados – Foto: Arquivo/Liberal

Ao todo, além de Jhonnathan, o réu atropelou sete pessoas, mas só duas representaram contra Wilson. O caso aconteceu em uma barraca de pastel no Mollon.

Em julho de 2023, o processo foi suspenso por conta do motorista não ter sido encontrado pelas autoridades. A retomada veio apenas em julho deste ano, quando Wilson foi encontrado em Dracena, a 560 quilômetros do município.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

No momento do acidente, o motorista alegou que sofreu um “apagão” enquanto dirigia e que não estava sob efeito de álcool quando causou o acidente.

Entretanto, após apuração do caso, o MP constatou que a causa direta e imediata do ocorrido foi a imprudência ao volante.

Durante o processo, uma testemunha afirmou que a caminhonete de Wilson estava com o câmbio automático na posição “P” logo após o acidente. Isso indicaria, de acordo com o órgão, que o motorista estava consciente no momento, a ponto de acionar o freio do veículo.

Em depoimento, Wilson afirmou ter tomado duas latas de cerveja no período da manhã, entre 10h30 e 11h – a tragédia ocorreu por volta das 17h15.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

O laudo pericial apontou presença de álcool em grau ligeiramente inferior ao proibido, mas o MP ressalta que a coleta de sangue foi feita aproximadamente três horas após os atropelamentos, “o que certamente permitiu uma parcial metabolização pelo organismo e que refletiu na prova técnica”.

No adendo à denúncia, o órgão pede para que a Justiça passe a considerar a influência do álcool, que prevê uma pena maior em caso de condenação. O aditamento ainda precisa ser aceito pela Justiça.

Procurada pelo LIBERAL, a advogada Maryna Manfrim, que representa Wilson no processo, disse discordar do pedido do MP.

“Por se tratar de um processo de grande complexidade, diante do aditamento da denúncia feito pelo Ministério Público, do qual discorda a defesa, esta manterá a mesma égide que foi articulada desde o início do processo. De qualquer forma, dentro do prazo legal, serão arguidas as alegações defensórias finais do réu”, declarou.

*Estagiário sob supervisão de Rodrigo Alonso

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

Publicidade