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violência

MP aponta emboscada e denuncia quatro por morte de morador de Santa Bárbara em penitenciária

Documento assinado por três promotores acusa os réus por duplo homicídio, com a qualificadoras de meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas

Por Cristiani Azanha

04 de julho de 2024, às 08h00 • Última atualização em 04 de julho de 2024, às 08h09

Um dos mortos é o morador de Santa Bárbara d’Oeste, Janeferson Aparecido Gomes, de 48 anos - Foto: Reprodução

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou quatro detentos suspeitos pelos assassinatos de dois presos dentro da Penitenciária de Presidente Venceslau, no dia 17 de junho. Um dos mortos é o morador de Santa Bárbara d’Oeste, Janeferson Aparecido Gomes, de 48 anos.

Nefo, como era conhecido, era investigado no suposto plano arquitetado por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar autoridades políticas, entre elas o senador, ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil).

Ele quase teria sido emboscado em uma cela conhecida como “barbearia”, mas correu para o pátio de sol, onde acabou morto. Momentos antes, Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, também foi executado.

Três promotores que assinaram o documento, publicado na última segunda-feira (1º), pediram que os presos Luis Fernando Baron Versalli (Barão), 53, Elidan Silva Ceu (Alemão, Taliban), 45, Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga), 53 e Jaime Paulino de Oliveira (Japonês), 47, respondam por duplo homicídio com a qualificadoras de meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas.

Os advogados dos suspeitos pretendem pedir a absolvição e negam que o crime foi premeditado.

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Segundo a denúncia, Ronaldo teria tentado atrair Janeferson para a “barbearia”, mas ele percebeu algo errado e correu em direção ao pátio de sol.

“Nesse momento, enquanto Elidan observava a ação para garantir o êxito da operação criminosa, Jaime, Luis Fernando e Ronaldo efetuaram os golpes com canivetes e punhal de fabricação artesanal”, ressalta o MP.

A advogada Tatiane Vieira Bertollo, que representa Elidan, diz que o “Ministério Público aponta de forma equivocada o envolvimento do cliente e tenta de forma generalizada incluí-lo nos atos executórios do primeiro assassinato [Reginaldo)],  mesmo não havendo câmeras dentro da ‘barbearia’ e os executores confessos terem afirmado que Elidan não participou do crime.

“Ele foi na ‘barbearia’ sem saber o que iria acontecer, e quando percebeu se retirou do local. Elidan foi denunciado devido a interpretações equivocadas e suposições. A defesa não tem dúvidas de sua inocência”, completou.

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Leonardo Souza Costa, defensor de Jaime, diz que a denúncia não procede.

“Na realidade, estamos diante de um caso claro de legítima defesa, pois o Jaime já vinha sendo ameaçado pelas supostas vítimas, não restando outra alternativa a não ser defender a sua própria vida. A defesa acredita que não será o caso de pronúncia, caso contrário, a verdade real dos fatos será demonstrada.”

O advogado que atua nas defesa de Luis Fernando e Ronaldo foi procurado, mas informou que não poderia comentar o caso nesta quarta.

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