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SANTA BÁRBARA

Justiça encontra motorista e retoma processo sobre acidente que matou pastor em Santa Bárbara

MP chegou a cogitar um acordo para cumprimento de medidas alternativas para reparar o ocorrido, mas sequer conseguiu encontrá-lo para notificá-lo

Por Cristiani Azanha

11 de julho de 2024, às 07h00 • Última atualização em 11 de julho de 2024, às 10h45

Caso aconteceu em dezembro de 2020, no Mollon 4, em Santa Bárbara – Foto: Arquivo Liberal

Com a ajuda da defesa de uma das vítimas, a Justiça de Santa Bárbara d’Oeste conseguiu localizar o motorista acusado de atropelar sete pessoas e matar o pastor Jhonnathan Richer Guimarães, de 28 anos, em uma pastelaria no bairro Mollon 4, no dia 30 de dezembro de 2020.

Wilson Braga de Souza, 57, que está morando em Dracena, a 560 quilômetros da cidade. Uma audiência por videoconferência, com depoimento de testemunhas, foi marcada para o dia 5 de agosto.

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Durante o processo, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) chegou a cogitar um acordo com o motorista, que poderia cumprir medidas alternativas para reparar o ocorrido, mas sequer conseguiu encontrá-lo para notificá-lo.

A reportagem tentou contato com a defesa do réu nesta quarta-feira (10), mas não houve retorno até o fechamento da edição.

No entanto, a advogada de Wilson já havia informado no processo que seu cliente não estava embriagado e que perdeu o controle devido a um mal súbito por conta de problemas de saúde preexistentes como diabetes, pressão alta e síndrome de Meniére (distúrbio no ouvido que causa tontura e vertigem).

Jhonnathan foi atropelado em uma pastelaria no Mollon 4, em dezembro de 2020 – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Pedido

O advogado Marcelo Rodrigues da Silva, que representa a família do pastor e atua como assistente de acusação, chegou a pedir que o réu respondesse por homicídio com dolo eventual e que fosse levado à júri popular, mas o MP entendeu que se tratava de homicídio culposo, cuja sentença será definida pela juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro.

“Paralelamente ao processo criminal, também estamos pedindo na área cível o pedido de indenização à família da vítima [Jhonnathan] no valor de R$ 100 mil, além do pagamento de pensão alimentícia para a esposa até os 65 anos e para os dois filhos até completarem 25 anos”, diz o defensor.

Wilson Roberto Infante Junior, advogado que representa uma das vítimas que sobreviveu, afirma que tanto o laudo que comprova ter o réu ingerido bebida alcoólica antes do acidente, como os depoimentos testemunhais e as imagens dos acontecimentos que resultaram em toda a tragédia convergem para a condenação.

“Temos a convicção que a justiça será feita depois de todo o sofrimento vivenciado e ainda presente na vida das vítimas”, enfatiza.

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