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Bambolê

Em Santa Bárbara, buffet fecha as portas e deixa ao menos 22 clientes sem festa

Dois boletins de ocorrência foram registrados e polícia investiga o caso

Por André Rossi

20 de junho de 2020, às 08h28 • Última atualização em 20 de junho de 2020, às 08h55

O buffet infantil Bambolê, de Santa Bárbara d’Oeste, anunciou o encerramento das atividades na última segunda-feira (15) e ao menos 22 clientes cobram ressarcimento. Dois deles registraram boletim de ocorrência e o 2º DP (Distrito Policial) da cidade investiga o caso.

A informação sobre o fechamento do espaço, localizado num prédio alugado da Avenida Alfredo Contatto, na Vila Ferrarezi, foi divulgada através de uma postagem no Facebook. A orientação era para que todos que têm contrato mandassem mensagem pelo WhatsApp.

O buffet funcionava num prédio alugado, localizado na Avenida Alfredo Contatto, na Vila Ferrarezi, em Santa Bárbara – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“Gostaria de agradecer a todos nossos clientes e seus convidados que de alguma forma tornaram nossos dias melhores e mais alegres. Fiz muitas amizades e a vocês o meu mais sincero muito obrigada. Infelizmente por motivos de força maior não tivemos outra opção”, traz a postagem.

A notícia pegou os clientes de surpresa. É o caso da funcionária pública Vanessa Zanaki, de 35 anos, que fechou um contrato de R$ 2,4 mil em outubro de 2019 e pagava mensalmente para realizar a festa em outubro deste ano.

A mulher integra um grupo com outros 21 clientes que se dizem lesados pela proprietária do buffet, já que não há previsão de como o dinheiro será devolvido.

O motivo para o fechamento não ficou claro, segundo as reclamantes, e as versões de como o dinheiro seria devolvido são divergentes.

“Mandei mensagem, falei que precisava do dinheiro de volta. Ela [proprietária] falou que não tem o dinheiro para devolver agora e que depois da pandemia ela ia chamar para negociar a dívida”, contou Vanessa.

A promotora de vendas Jamile Esteves Camargo Lima, de 35 anos, assinou contrato no dia 9 de março para fazer a festa em 1º de agosto. O valor também era R$ 2,4 mil, dos quais R$ 1,2 mil foi pago à vista e o restante parcelado em quatro vezes no cartão.

“Ela falou que não está se negando a pagar, mas falou que não sabe [como]. A todo momento fala que está esperando o jurídico dela. Eu estou sentindo que fui roubada. Fechei tudo nos conformes, honrei meus pagamentos. Ela alega que está tentando empréstimo com familiares para estar quitando”, afirmou Jamile.

Outra cliente ouvida pelo LIBERAL, que pediu para não ser identificada, fechou contrato no final de abril e depositou R$ 2,8 mil. A proprietária do buffet teria exigido o pagamento à vista para garantir a festa na data desejada.

“Ela falou para ficar tranquila que já estava procurando empréstimo no banco para pagar todo mundo. Já liguei para o meu advogado para cuidar disso”, comentou.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) confirmou que dois boletins de ocorrência foram registrados no 2º DP. A investigação está em andamento.

“Tratam-se de contratos firmados com um buffet infantil, que não poderia efetuar os trabalhos, por conta das restrições da quarentena. A responsável pelo estabelecimento, assim como as partes envolvidas, prestarão depoimentos à autoridade responsável”, disse o órgão.

Outro lado

O LIBERAL não conseguiu contato direto com a proprietária do buffet, Carina Francielle Pereira Lemes. Uma conta comercial do Bambolê no WhatsApp respondeu à reportagem.

“Para as pessoas que estão entrando em contato estamos conversando com todos e assim que possível estaremos nos posicionando com cada um em relação a seus contratos. Por hora não queremos emitir nenhum comunicado, farei no momento oportuno”, traz o texto.

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