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Lixo

Com dois caminhões quebrados, coleta mantém falhas em SB

Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste auxilia nova empresa na logística e classifica atrasos como "situação atípica"

Por André Rossi

22 de fevereiro de 2020, às 08h20 • Última atualização em 22 de fevereiro de 2020, às 09h44

Dois caminhões do Consórcio Santa Bárbara d’Oeste quebraram nesta sexta-feira e afetaram a coleta de lixo na cidade. Os veículos estavam parados no aterro sanitário e coube a um caminhão da prefeitura ajudar na coleta em áreas consideradas prioritárias, como hospitais e escolas, por meio do recolhimento de contêiners.

A informação é de funcionários do aterro que conversaram com a reportagem. O consórcio, que é constituído pelas empresas LCP Serviços Ambientais e CTA Empreendimentos, venceu o pregão presencial no dia 15 de janeiro e assumiu o serviço no último sábado. A Forty Construções e Engenharia, antiga administradora, ficou na terceira colocação.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Prefeitura emprestou caminhão para ajudar na coleta em áreas consideradas prioritárias

A convocação dos atuais funcionários foi feita às pressas e os motoristas e coletores estão trabalhando sem contrato e sem saber ao certo quanto vão ganhar, conforme revelado pelo LIBERAL com exclusividade na última quarta-feira. A falta de experiência afetou a eficácia da coleta.

“Os caras da tarde, por serem novatos e sem experiência, sentem muita dor na perna, estão com distensão. Além de estarem trabalhando em dois ou três por caminhão. Tem que ser quatro”, disse um funcionário que pediu não ser identificado.

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Diversos bairros ainda sofrem com atrasos. Até mesmo áreas próximas ao aterro sentiram os reflexos da transição do serviço.

OUTRO LADO

Depois de ignorar os questionamentos do LIBERAL desde o início da semana e ser novamente questionada, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste divulgou uma “nota informativa” para a imprensa nesta sexta.

O Governo Denis Andia (PV) cita que houve necessidade de “orientação e adaptação dos novos profissionais, equipamentos e maquinários aos serviços e itinerários habituais. “O que, inevitavelmente, gerou situações atípicas e pontuais na coleta de lixo, em alguns bairros da cidade”, traz a nota.

A administração admite que tem ajudado o consórcio na coleta. “A prefeitura organizou uma equipe de apoio logístico que ajuda a orientar o serviço nos bairros onde verificaram-se as situações de maior necessidade de ajuste. Esse trabalho tem sido realizado com o monitoramento em campo de todas as regiões da cidade”, apontou.

A administração diz que a Forty decidiu, unilateralmente, pela não renovação do contrato e que por isso foi necessária a nova licitação. O proprietário da empresa, Walter Jorge Paulo Filho, rebate que os valores do vínculo anterior estavam desatualizados.

“Disse que não tinha interesse na renovação por dois motivos. Um porque os valores estavam abaixo e outro que era o atraso muito grande de pagamento. Não queríamos renovar aquele contrato porque entendemos que aquelas condições não estavam vantajosas para nós”, comentou Walter.

A prefeitura segue sem responder se o contrato com o Consórcio Santa Bárbara d’Oeste foi homologado, assim como não se manifestou sobre a atuação sem contrato dos coletores e motoristas e os supostos atrasos no pagamento para a Forty. O LIBERAL não conseguiu contato com representantes do consórcio até o fechamento desta edição.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A mobilização em Americana e Santa Bárbara em torno do Carnaval, a festa mais popular do País, é o assunto dessa edição do podcast “Além da Capa”. Ouça:

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