SB 203 anos
Capelas rurais de Santa Bárbara marcam tradição
Monumentos religiosos indicados pela prefeitura para tombamento, em outubro deste ano, foram de grande importância para impulsionar a formação de povoados
Por Natália Velosa*
04 de dezembro de 2021, às 08h53
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/s-barbara/capelas-rurais-de-santa-barbara-marcam-tradicao-1671107/
Santa Bárbara d’Oeste tem as terras marcadas na história pela vocação agrícola. As capelas das zonas rurais foram de grande importância para impulsionar a formação de povoados e caminhar para o município que se conhece hoje.
Por isso, no início de outubro, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste publicou três decretos que dispõe o tombamento material e imaterial das capelas rurais do Cemitério dos Americanos, Nossa Senhora do Carmo (na Usina Cillos) e do Santo Antônio do Sapezeiro. A indicação de tombamento foi registrada pelo Codepasbo.
Capela do Cemitério dos Americanos
O edifício da Capela do Cemitério do Campo é uma exceção em relação às outras capelas em áreas rurais do município, com origem no culto em memória aos mortos. No início, a capela de madeira atendia as três denominações protestantes: Presbiteriana, Batista e Metodista. Com o passar do tempo, a capela acabou adequando-se a uma prática ecumênica. Em 1903, a capela em madeira foi substituída por uma de tijolos. A versão atual é uma reconstrução executada em 1962.
Capela Santo Antônio
A capela está situada no tradicional bairro Santo Antônio do Sapezeiro, que começou a ser ocupado no início do século 20, quando Francisco Antônio de Godoy, a esposa Ana Murba e os filhos se mudaram do Centro de Santa Bárbara d’Oeste para o sítio. Construída de barrote e coberta de sapé, a capela deu origem à denominação do bairro. O termo “sapezeiro” veio por causa da planta muito comum na localidade. O bairro, que preserva as tradições, transformou-se em ponto turístico e anualmente promove na capela festa religiosa em homenagem ao santo.
Capela Nossa Senhora do Carmo
Em 1903, os imigrantes italianos Francisco de Cillo e sua esposa, Rosa Manco de Cillo, resolvem comprar o Sítio Boa Esperança que já possuía um pequeno engenho de aguardente e se transformou na grande usina. A família se alojou na casa grande, a única existente na fazenda. Com os casamentos dos filhos, novas casas foram construídas, dando início à formação do novo povoado. Apesar da desativação da Usina Cillos em 1979, membros da família dona do espaço ainda vivem no local, em um condomínio fechado.
*Estagiária sob supervisão de Bruno Moreira