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SB 203 anos

Patrimônios que refletem identidade de Santa Bárbara

Tombamentos passam seleção criteriosa e garantem preservação e proteção contra descaracterizações de itens históricos

Por Isabella Holouka

05 de dezembro de 2021, às 08h05

A manutenção da memória coletiva depende da preservação de práticas e bens culturais significativos para a identidade e as referências desta comunidade. Sob essa perspectiva, o tombamento reflete uma seleção criteriosa – baseada em valores culturais, históricos, arquitetônicos, ambientais, documentais e afetivos, muitas vezes cumulativos – e garante preservação e proteção contra descaracterizações.

“Estamos falando de um instrumento jurídico muito consolidado, já que o tombamento surge no Brasil em 1937. É o reconhecimento, pelo poder público, de que aquele bem cultural tem relevância para a sociedade em que está inserido”, aponta André Faraco, presidente do Codepasbo (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santa Bárbara d’Oeste).

Com o auxílio de Faraco e de Sandra Edilene de Souza Barboza, membro do Codepasbo e coordenadora de documentação do Cedoc (Centro de Documentação Histórica), da Fundação Romi, o LIBERAL reuniu informações sobre seis bens materiais tombados que refletem a identidade da cidade.

A lista de patrimônios tombados em Santa Bárbara d’Oeste inclui ainda a antiga Usina Santa Bárbara, a Estação Ferroviária, a Igreja Matriz, o Museu da Imigração, o Cineteatro Santa Rosa, o Centro de Memória e a Escola Estadual José Gabriel de Oliveira.

Portal de entrada do União Barbarense – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Portal de entrada do União Barbarense

Símbolo da institucionalização do clube, o portal tem relevante valor histórico, cultural e afetivo. Inaugurado na gestão do presidente Xisto Sans, ele assumiu a função de cartão de visitas da praça de esportes e recepção do torcedor do Leão da 13. Com o tempo, se inviabilizou o acesso através dele, que acabou sendo transformado em bilheteria.

Viatura VW Fusca 1600 – Foto: Prefeitura de Santa Bárbara / Divulgação

Viatura VW Fusca 1600

Além de ser um dos carros mais famosos do mundo, produzido no Brasil durante várias décadas, em Santa Bárbara o Fusca também representa um valor histórico inestimável para a Guarda Municipal. A Viatura VW Fusca 1600 foi um dos primeiros veículos utilizados pelos patrulheiros, no final dos anos 1990 e início de 2000. Restaurada, ela fica sob os cuidados da Secretaria Municipal de Trânsito e Defesa Civil.

Maquininha da Usina – Foto: Divulgação

Maquininha da Usina

A locomotiva a vapor nº 1, mais conhecida como “Maquininha da Usina”, foi uma das primeiras do Brasil. Ela pertenceu à Companhia de Estrada de Ferro Agrícola de Santa Bárbara e foi adquirida e conservada pelo comendador Mário Dedini.

Fiação e Tecidos Santa Bárbara Campo Belo – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Fiação e Tecidos Santa Bárbara/Campo Belo

Uma das primeiras indústrias da cidade, a Companhia Fiação e Tecelagem Santa Bárbara teve grande importância econômica, muita influência no desenvolvimento urbano e é considerada precursora da vocação industrial do município. O tombamento se restringiu ao edifício de escritórios administrativos localizado na Rua Joaquim de Oliveira.

Caminho dos Flamboyants – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Caminho dos Flamboyants

Árvores de grande porte formam uma alameda larga e sombreada, com valor cultural, paisagístico e afetivo. O Caminho dos Flamboyants era o principal acesso à Usina Santa Bárbara e demonstra a intenção de interligar a usina e a área urbana.

Chácara Wolf – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Chácara Wolf

Mescla de tradição e modernidade, a Chácara Wolf representa o tipo de urbanização e ocupação característicos de Santa Bárbara d’Oeste até a década de 1960. A casa foi construída por Antonio Wolff, chefe da Estação Ferroviária, para servir de moradia para a família. Depois, convertida em propriedade da prefeitura, foi arquivo e clube dos servidores municipais. Desde 2006, abriga a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

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