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Após relatório da PF, família barbarense reforça que houve ofensas por parte do filho de Moraes

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Após relatório da PF, família barbarense reforça que houve ofensas por parte do filho de Moraes

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CONFUSÃO EM ROMA

Após relatório da PF, família barbarense reforça que houve ofensas por parte do filho de Moraes

Advogado pediu para o STF incluir no processo um vídeo que, segundo ele, mostra que o ministro não foi ofendido

Por Rodrigo Alonso

05 de outubro de 2023, às 17h16 • Última atualização em 05 de outubro de 2023, às 17h54

Imagem do momento em que Roberto Mantovani teria agredido o filho de Moraes - Foto: Reprodução

A defesa da família do empresário Roberto Mantovani, de Santa Bárbara d’Oeste, protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (5), uma petição na qual reforça que houve ofensas por parte de Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro Alexandre de Moraes.

A manifestação ocorre após um relatório da PF (Polícia Federal), baseado em imagens de câmeras de segurança, ter indicado que Roberto agrediu Alexandre Barci no aeroporto de Roma, em 14 de julho deste ano. O empresário teria dado um tapa com as “costas” da mão no rosto do filho do ministro.

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Na petição, o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho pede a inclusão, no processo, de um vídeo – gravado por celular – que mostra Moraes tirando seu filho de perto da família barbarense e dizendo a palavra “bandido”. O documento também conta com um parecer técnico que, segundo a defesa, comprova a integridade da gravação.

https://liberal.com.br/wp-content/uploads/2023/10/INQ-4940-Vídeo-incidente-Roma-celular-.mp4
Vídeo do momento em que Alexandre de Moraes tira seu filho da confusão

De acordo com o advogado, o vídeo esclarece que, “no único momento em que o ministro Alexandre se encontra presente e próximo dos investigados, nenhuma ofensa é a ele direcionada, nem mesmo ao seu filho”.

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“Também fica muito evidente por meio dessas imagens que o ministro Alexandre em momento algum teve o seu deslocamento impedido ou foi por qualquer um deles perseguido. Ao contrário, percebe-se que o objetivo da presença do ministro foi no sentido de retirar seu filho daquele local, o qual insistia em proferir ofensas à Andréia Munarão [esposa de Roberto]”, diz.

Carrinho de lixo

Conforme consta no relatório da PF, sete minutos após a suposta agressão, a família barbarense e Alexandre Barci voltaram a se encontrar e a discutir. Esse teria sido o momento em que Moraes tirou seu filho de perto dos investigados.

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Um “enorme” – palavra usada pela polícia – carrinho de lixo, no entanto, ficou entre os envolvidos e a câmera de segurança do aeroporto, o que atrapalhou a captação das imagens.

“A ausência de outras gravações de imagens ou de áudios do evento dificultou a completa elucidação dos fatos”, aponta a PF no relatório, que traz imagens congeladas das gravações feitas pelas câmeras de segurança.

Por que Toffoli mantém vídeo sob segredo?

Ao prorrogar as investigações sobre o ‘entrevero’ envolvendo o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, levantou, nesta quarta-feira (4), o sigilo das apurações, tornando públicos todos os documentos que constam do inquérito – exceto o vídeo das câmeras de segurança de Fiumicino, que seguem sob sigilo.

Em um despacho de três páginas, Toffoli elencou argumentos para não liberar o vídeo: em sua avaliação, não há ‘interesse ou utilidade’, para o processo, na ‘ampla divulgação’ das imagens. Segundo o ministro, o vídeo ‘interessa unicamente às investigações, que devem prosseguir’.

Toffoli argumentou que a divulgação de imagens de suspeitos só é ‘fundamental’ quando estes ainda não foram identificados ou estão foragidos, o que não é o caso. Evocou o relatório de análise de 51 páginas elaborado pela Polícia Federal sobre as imagens – para o relator, no documento já há ‘detalhada análise das imagens que interessam’ ao inquérito.

O magistrado anotou ainda que a mídia contém ‘imagens de inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, que em nada se relacionam’ com a apuração. “Não há razão para expor envolvidos e terceiros que aparecem nas cenas captadas, devendo-se preservar, na espécie, seus direitos à imagem e à privacidade”, anotou.

“Deve-se assinalar que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, sobretudo na presente hipótese, em que não há necessidade de sua divulgação para a administração da justiça e que também não existe autorização por parte dos envolvidos para que haja divulgação”, completou.

Mantido em local reservado, o CD que as autoridades italianas encaminharam à Polícia Federal com quase quatro horas de gravação das câmeras de segurança de Fiumicino só será disponibilizado para as partes do processo – o ministro Alexandre de Moraes e os investigados – ou para analistas e peritos indicados pelos investigadores, para ‘eventuais diligencias complementares.

O advogado da família criticou a situação. “Me parece contraditório o sigilo das imagens do aeroporto e, no mesmo passo, a divulgação de um relatório que contém as mesmas imagens, aquelas selecionadas pela PF”, afirmou Ralph.

Com informações do Estadão Conteúdo

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