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Consimares

Projeto prevê construção de usina para tratar lixo e produzir energia elétrica

Se aprovadas, obras devem começar no ano que vem, em Nova Odessa; resíduos de quatro municípios da RPT serão utilizados

Por Maria Eduarda Gazzetta

04 de dezembro de 2021, às 08h19

Um projeto do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) prevê a construção da primeira usina para geração de energia a partir do lixo, em Nova Odessa, próximo à Rodovia Anhanguera (SP-330). Se aprovada a iniciativa, as obras iniciam no segundo semestre de 2022, com entrega prevista para 2025.

Chamado de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Consimares, o projeto é estimado em R$ 500 milhões e incluiria o tratamento do lixo de quatro cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), que são Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia, além dos municípios vizinhos Capivari, Elias Fausto e Monte Mor.

Com aterros se aproximando do limite, usina pode resolver problema sobre destinação do lixo – Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal

De acordo com o superintendente da Consimares, Valdemir Ravagani, a usina vai funcionar da seguinte forma: será contratada uma empresa, ou consórcio de empresas, por meio de processo licitatório, e esta terá a concessão para tratar os resíduos da população destes municípios, o equivalente a 652 toneladas de lixo por dia, o que vai gerar 160 mil MWh/ano de energia.

“Você trata o resíduos com queima e gera energia através do vapor da caldeira. Toda a energia gerada por meio do lixo tratado será vendida pela empresa responsável”, explicou Ravagani.

Ainda de acordo com o superintendente, no Brasil o projeto é um dos primeiros a conseguir licença e o primeiro a ter um conjunto de cidades com investimentos no desenvolvimento.

A ideia surgiu perante a necessidade de se buscar um destino mais sustentável para os resíduos sólidos, que crescem exponencialmente, ao passo em que os aterros sanitários da região estão próximos do fim de sua vida útil.

Para além da questão energética, no entanto, a central irá oferecer soluções sanitárias e ambientais aos municípios, como a organização de estrutura e equipamentos de triagem de resíduos de coleta seletiva, atendendo ao (Planares) Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consimares e Plano Nacional de Resíduos Sólidos, garantindo a inclusão de catadores de recicláveis em cooperativas e associações, gerando empregos diretos e indiretos.

Serão contratados cerca de 5 mil pessoas para trabalhos indiretos e, após o término das obras de construção, 200 funcionários devem trabalhar na usina.

“É um avanço para o tratamento de resíduos do Brasil. A população, se passar a conhecer e entender o sistema, var ver que é um sistema muito importante para o tratamento. Fora isso, vai ter o apoio dos municípios na questão de aumentar a coleta seletiva, índice de reciclagem nos municípios”, finalizou Ravagani.

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