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ESTADO ERRADO

Erro em documento frustrou plano de moradores da região para sequestrar Moro

Declarados réus, acusados apresentaram um RG com “Cascavel/SP” como cidade de origem; no entanto, município é do Paraná

Por Rodrigo Alonso

01 de junho de 2023, às 16h19 • Última atualização em 01 de junho de 2023, às 23h14

O plano de sequestrar o senador Sérgio Moro (União Brasil) foi frustrado por conta de uma descoberta de fraude na locação de um apartamento em Curitiba (PR). A imobiliária identificou a irregularidade ao notar que, no RG apresentado pelos acusados, a cidade de origem do inquilino era “Cascavel/SP”. No entanto, o município pertence ao Estado do Paraná.

A informação consta em decisão na qual a juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, tornou réus oito pessoas por tentativa de extorsão mediante sequestro e organização criminosa, entre elas dois moradores de Santa Bárbara d’Oeste, três de Sumaré e um de Hortolândia.

Motivos do crime estão ligados à atuação de Moro como ministro – Foto: Marcos Corrêa / PR

O homem apontado como líder é Janeferson Aparecido Mariano Gomes, de 47 anos, que morava em Santa Bárbara.

Segundo a denúncia, o grupo planejava executar o sequestro no dia do segundo turno das eleições de 2022, na capital paranaense. O caso veio à tona em 22 de março, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão na região, como parte da Operação Sequaz.

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Os motivos estão relacionados às medidas adotadas por Moro enquanto ministro da Justiça, mais precisamente a transferência de lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) para presídios federais de segurança máxima, bem como a proibição de visitas íntimas nesses presídios, para evitar a transmissão de ordens da alta hierarquia.

A juíza entendeu que há “prova da materialidade delitiva e indícios de autoria”. Ela destacou ainda que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra os alvos da Operação Sequaz cumpre todos os requisitos para abertura da ação penal.

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Também há outros cinco réus, mas o crime de tentativa de extorsão mediante sequestro não foi atribuído a eles. Quatro deles são acusados de organização criminosa. O outro vai responder por organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Apartamento
O plano incluía a locação de um apartamento em Curitiba, cidade onde Moro vota. Porém, o erro no RG evidenciou que tratava-se de um documento falso.

Representantes da imobiliária então ligaram para os acusados e avisaram que iriam até o imóvel acompanhados da polícia. No entanto, os criminosos conseguiram fugir a tempo.

A Justiça também tornou ré a companheira de Janeferson, Aline de Lima Paixão, de 33 anos, que também reside em Santa Bárbara. Os três réus de Sumaré são: Claudinei Gome Carias, 43; Herick da Silva Soares, 22; e Franklin da Silva Correa, 28. A acusada de Hortolândia é Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, 32.

Dos seis moradores da região, apenas Aline e Cintia não estão presas, pois conseguiram liberdade provisória no decorrer das investigações. A reportagem não localizou a defesa dos acusados citados.

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