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Empregos: Americana tem semestre positivo, mas pior junho desde 2020

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Empregos: Americana tem semestre positivo, mas pior junho desde 2020

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ECONOMIA

Empregos: Americana tem semestre positivo, mas pior junho desde 2020

Outras cidades da região também apresentaram resultado negativo no mês passado; economista aponta efeitos das discussões da taxa Selic

Por Gabriel Pitor

31 de julho de 2024, às 07h36 • Última atualização em 31 de julho de 2024, às 08h25

Secretário citou como exemplo o número de vagas do PAT e a dificuldade para encontrar interessados - Foto: Marília Pierre_Divulgação

O município de Americana fechou o primeiro semestre deste ano com saldo positivo de empregos (810 vagas), mas teve o pior junho desde 2020, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta terça-feira (30).

Outras cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) também apresentaram resultado negativo no mês passado, que é explicado pela queda do setor de serviços.

Segundo informações do cadastro, Americana teve 391 demissões a mais que contratações, o pior balanço da região. No setor de serviços, o saldo negativo foi de 466. Sumaré seguiu o mesmo caminho e apresentou um fechamento de 209 vagas, sendo 193 nesse ramo que oferece produtos ou atividades que visam suprir as necessidades das pessoas.

Por sua vez, Nova Odessa conseguiu compensar o resultado ruim em serviços (-120) com o balanço positivo do comércio (174). O saldo da cidade foi positivo de 154.

A economista Eliane Rosandiski, do Observatório da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, lembrou que esses dados são uma espécie de “retrovisor” da economia.

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“Nós estamos olhando justamente a temperatura das discussões que estavam acontecendo [em junho] sobre a taxa de juros. Como a discussão estava muito tensa e vinha sendo cogitada uma inflexão muito grande ou até uma subida na taxa de juros, isso coloca o setor produtivo em posição de cautela”, ponderou.

Essa discussão foi sobre a taxa Selic, mantida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária, do Banco Central do Brasil.

Ainda de acordo com Rosandiski, como os contratos de serviços são, por vezes, temporários, terceirizados ou para complementação de uma atividade, em um cenário de cautela esses vínculos acabam não sendo mantidos pelos empresários.

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“Mas com a definição da taxa, é possível ver a economia reagindo. Então é possível que a gente tenha um resultado melhor em julho”, completou.

Dinâmica

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Rafael de Barros, apontou que junho, assim como dezembro, são meses com desempenho menor na dinâmica local.

“Não estamos vivendo um problema de oferta de empregos, que segue forte. Por exemplo, estamos com mais de 500 vagas no nosso PAT [Posto de Atendimento ao Trabalho] e estamos com muita dificuldade para preenchê-las”, comentou.

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Também na região, Hortolândia teve saldo negativo de empregos em junho (-107) e Santa Bárbara d’Oeste, positivo (50). Ao contrário das outras cidades da região, Santa Bárbara teve o setor de serviços como o mais forte, com 48 novas vagas.

No primeiro semestre deste ano, Americana terminou com balanço positivo de 810. Ainda assim, esse resultado foi o pior desde 2020 (-3.523), quando a economia foi impactada pela pandemia da Covid-19.

Juntando os cinco municípios da RPT, o saldo foi de 6.707 contratações a mais que demissões, número maior que o do ano passado (6.616). No entanto, há uma tendência de estagnação.

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