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Região

Eleições: candidatos a deputado da RPT declaram de R$ 0,10 a R$ 7,3 milhões

Levantamento traça o perfil dos 50 concorrentes ligados à região: homem, branco, casado, de 50 a 59 anos e com ensino superior

Por Ana Carolina Leal / João Colosalle

21 de agosto de 2022, às 09h14 • Última atualização em 21 de agosto de 2022, às 09h15

Candidatos da RPT (Região do Polo Têxtil) que disputam vaga na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa declararam à Justiça Eleitoral patrimônios que variam de R$ 0,10 a R$ 7,3 milhões. Os dados podem ser consultados no sistema de divulgação de candidaturas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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O LIBERAL analisou o perfil dos 50 candidatos que estão na disputa para deputado estadual e federal que têm domicílio eleitoral em Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia. São 29 nomes na briga como deputado estadual e 21 a federal.

O número de candidatos, no entanto, pode ser maior, uma vez que até o fechamento desta edição os nomes de ao menos dois – Marcos Fontes (União) e Renata Vicente (DEM) – com domicílio eleitoral em Santa Bárbara e Sumaré, respectivamente, não apareciam no sistema do TSE.

Entre os 50 nomes já confirmados, nove informaram patrimônio acima de R$ 1 milhão. E nove não informaram possuir bens.

O empresário Ricardo Molina (Republicanos), que disputa cadeira na Assembleia Legislativa por Americana, declarou exatos R$ 7.339.507,89 em bens.

Dentro do montante, o maior valor declarado foi de ações que totalizam R$ 6,2 milhões. Constam ainda dois apartamentos avaliados em R$ 280 mil e R$ 240 mil, depósitos bancários e dinheiro em espécie.

Estão ainda no grupo de candidatos com patrimônio na casa do milhão o advogado Renato Martins (PTB), Israel Alexandre (PSDB), a empresária Maria Giovana Fortunato (PDT), o já deputado federal Vanderlei Macris (PSDB), o empresário Eduardo Ricatto (Patriota), Ceará (União), o médico Adolfo Basso (PDT) e o também empresário Décio Marmirolli (PSDB).

No caso do advogado Renato Martins, na disputa para estadual por Americana, dos exatos R$ 3.500.787,85 declarados à Justiça, R$ 2,5 milhões são referentes a um prédio residencial e outro comercial.

O candidato Israel Alexandre, que também tem domicílio eleitoral em Americana e está na briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa, aparece em terceiro lugar com R$ 2.932.839,37 em bens.

Na contramão dos postulantes milionários, a empresária Priscilla Holanda (PRTB), candidata a deputada federal por Sumaré, declarou à Justiça apenas R$ 0,10 em bens.

“A declaração de bens mostra um pouco o perfil desses candidatos, por isso é fundamental para que os eleitores tenham conhecimento de quem são e o que representam”, afirma o cientista político Pedro Lemos.  

Maioria é homem, branco e com ensino superior

A maioria dos candidatos a deputado estadual e federal na RPT (Região do Polo Têxtil) é do sexo masculino, casado, com ensino superior completo e branco.

De acordo com levantamento feito pelo LIBERAL com base nos dados disponíveis no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dos 50 candidatos, 36 (72%) deles são homens e 14, mulheres. A idade varia entre 29 e 72 anos. A pesquisa também mostra que 34 declararam ser brancos, 10 pardos, cinco pretos e um não informou.

Quanto ao estado civil, 78% disseram ser casados, o que corresponde a 34 candidatos. Outros nove se declararam solteiros, seis disseram ser divorciados e um viúvo.

Dos 50 candidatos, mais da metade declarou ter ensino superior completo. São 31 postulantes, o equivalente a 62% dos nomes na disputa. Outros cinco informaram ter o ensino superior incompleto, 10 disseram ter concluído o ensino médio, um afirmou não ter terminado o médio, dois têm o fundamental completo e um, incompleto.

Pesquisador de doutorado em Ciência Política da Unicamp, Otávio Catelano explica que essas informações compiladas pelo TSE serão necessárias para saber, futuramente, o perfil do candidato eleito.

Catelano afirma que os dados também servem como critérios para os eleitores, mas o que não pode é votar só com base nessas informações. “Vemos, por exemplo, pessoas falando que para cargos proporcionais só votam em mulheres ou negros. Mas não adianta nada votar em uma mulher ou pessoa negra que vai propor políticas contra mulheres e pessoas negras”, explica.

Para o pesquisador, a primeira decisão de todas é a ideologia. E dentro dela, a segunda mais importante é o partido. Escolhendo a sigla, aí sim parte para os critérios. E tanto as informações disponíveis no site do TSE como as obtidas pelos eleitores do ponto de vista de propostas, grupos sub-representados, são igualmente importantes, diz Catelano.

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