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‘Especialista amador’

Contribuintes optam por fazer a própria declaração e ajudam a família e amigos

Sistema atual do programa da declaração facilita o entendimento e o aprendizado

Por Stela Pires

17 de março de 2024, às 08h05 • Última atualização em 17 de março de 2024, às 08h06

O operador de área Carlos Eduardo Quinoli começou a fazer a própria declaração há 25 anos - Foto: Claudeci Junior_Liberal

A temporada de declaração de IR (imposto de renda) estará aberta oficialmente em poucos dias, assim como a procura por contadores. Alguns contribuintes optam por escritórios contábeis ou por aquele contador de confiança, enquanto outros se aventuram no sistema da Receita Federal e fazem a própria declaração. Os autodeclarantes mais experientes ainda dão uma “forcinha” para familiares e amigos.

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O operador de área Carlos Eduardo Quinoli, de 48 anos, de Santa Bárbara d’Oeste, começou a fazer a própria declaração há 25 anos e desde então acumula um grupo de cerca de 32 pessoas que conta com a sua ajuda, anualmente, para fazer o IR.

“Eu comecei a fazer porque passei a ter rendimentos retidos. Me aconselharam o que teria que ser feito, pesquisei com quem já fazia, como era feito, e fui aprendendo”, disse. A partir do momento que Carlos começou a ter acesso à internet ele foi se aperfeiçoando cada vez mais.

Ele conta que antigamente a declaração do imposto de renda era feita através de formulários, o que tornava o processo mais fácil. De acordo com o operador, o documento era autoexplicativo, e continha uma parte de ajuda do lado, o que facilitou o aprendizado.

Entretanto, o sistema atual, apesar de demandar ainda mais atenção pelo cruzamento de dados que o Governo Federal está fazendo nos últimos anos, também facilita o entendimento e aprendizado. “O programa é praticamente autoexplicativo. Hoje, a inteligência artificial está tão boa que ela já te alerta, fala: ‘Olha, isso está errado, isso não’. Para quem quer começar, ajuda muito”, disse.

Mesmo sendo intuitivo, pessoas do convívio de Carlos ainda preferem sua ajuda. Ele declara o imposto da mãe, irmãs e cunhados, além de amigos próximos. O operador não costuma cobrar o “serviço”, apenas daqueles que mexem com ações por ser uma complicação a mais.

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Apesar de ter um grupo grande de pessoas que dependem da aptidão de Carlos nas declarações, ele não vê problema. “É pouco, eu não faço mais porque às vezes não dá tempo”. A dica dele para aqueles que querem fazer a própria declaração é pesquisar, tanto pelo site da Receita, que disponibiliza uma cartilha, e em blogs e vídeos de contadores, que explicam detalhes importantes da declaração.

O aposentado Antônio José da Silva Neto, de 77 anos, tem um pouco mais de tempo de experiência que Carlos quando o assunto é a declaração. Ele faz a própria desde o final da década de 1970, e há cerca de oito a 10 anos declara o imposto de um dos filhos e da ex-mulher. “O sistema no início era manual e as coisas ficaram muito mais fáceis, e hoje mais fáceis ainda”, disse. “Ao mesmo tempo, a Receita aumenta o cerco, facilita as coisas para você e assegura para a Receita aquilo que o ‘leão’ quer”, brincou.

Formado em administração de empresas, Antônio não enfrentou grandes dificuldades nesses anos. Agora, com a declaração simplificada semipreenchida, disponível no site do Governo, o período de prestação de contas é ainda mais tranquilo.

Este é o caso da dona de casa Luciene Aparecida, 49. Ela faz a própria declaração e a do marido há alguns anos, e não considera uma tarefa complicada. “O meu caso não tem nada a acrescentar além do que é dado pela empresa de trabalho, então não se torna complexa”, contou.

De acordo com ela, com o tempo o processo ficou mais claro, assim como o aprendizado melhorou. “Ainda surgem dúvidas, pois não tenho a prática, e sim somente o conhecimento teórico, e muitas vezes as regras são escritas de uma forma muito formal, que complica o entendimento” relatou. 

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