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Falta de água

Com estiagem, Comitês PCJ cobram uso consciente de água

Municípios da região seguem em estado de atenção devido à estiagem prolongada; previsão para o futuro é pessimista

Por Rodrigo Alonso

22 de setembro de 2021, às 07h42

Em meio à possibilidade de falta d’água, os Comitês PCJ (Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) cobraram maior consciência no uso por parte da população nesta terça-feira, durante entrevista coletiva.

Represa São Luis, em Santa Bárbara: sistema ainda tem água suficiente – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Os municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), inclusive, seguem em estado de atenção devido à estiagem, apesar de não correrem riscos de desabastecimento neste momento do ano.

O futuro, porém, depende das chuvas do próximo verão, segundo Alexandre Vilella, coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ. Contudo, as previsões não indicam melhora da situação.

Para que não haja maiores problemas, as pessoas precisam evitar desperdício, de acordo com o presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida (DEM). “Se a gente não fizer algo, vai faltar água”, disse.

Nesse sentido foi lançada a campanha “Movimento PCJ pelo uso consciente da água”, para conscientizar moradores e empresários. A ação conta com um site, no qual há conteúdos relacionados à estiagem, entre eles uma cartilha com dicas de como as pessoas devem se comportar.

“Temos uma situação séria, que é o desperdício hoje e, principalmente, a não preservação das nossas nascentes, dos nossos rios”, afirmou Almeida.

De acordo com ele, o cenário pode ficar ainda pior em 2022 em caso de uma nova seca, até porque o nível de armazenamento nos reservatórios do Sistema Cantareira está em 32,8%, menor do que no ano anterior à crise hídrica de 2014 – em setembro de 2013, havia 44,3%.

E a previsão climática não é das melhores. Vilella apontou que, até dezembro, existe uma expectativa de “chuvas esparsas e com pouca significância” no Estado de São Paulo. Entre setembro e novembro, o volume ficará entre 30% e 50% abaixo da média histórica registrada.
Essa redução deverá ter impacto, até mesmo, no próximo ano.

“Infelizmente, a expectativa para o ano que vem não é boa”, comentou Almeida.

Na RPT, os sistemas de abastecimento ainda garantem um fôlego às cidades. Americana, por exemplo, tem água suficiente em virtude das descargas do Sistema Cantareira.

Vilella também citou que Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré estão com o fornecimento garantido atualmente por causa de reservatórios. “Na Região do Polo Têxtil, cada município tem uma característica de abastecimento”, declarou.

No entanto, Almeida ressaltou que todos devem se manter em alerta. “A questão de atenção é para todos. Porque se, nesse município que estou a montante, eu capto tudo só porque tenho essa facilidade, depois os municípios que estão para baixo não terão acesso”.

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