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Região

Casos de dengue na região têm redução de 75%

Desde o começo deste ano, 40 bairros de Americana já registraram casos autóctones da doença

Por Marina Zanaki

10 de maio de 2021, às 07h20 • Última atualização em 10 de maio de 2021, às 14h25

Pneus descartados de forma incorreta na Estrada de Cillo exemplo de criadouro para mosquitos - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG

As cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa registraram, desde o início do ano, 290 casos de dengue. As notificações caíram 75% em relação ao mesmo período de 2020, que teve 1.190 confirmações.

A maior queda está em Santa Bárbara, que reduziu de 770 para 120 casos no primeiro quadrimestre. Em Americana, foram 189 confirmações no primeiro quadrimestre do ano passado e 98 este ano. A maioria casos foi registrada em abril, que teve 70 notificações.

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Desde o início do ano, 40 bairros já registraram casos autóctones (com infecção local) em Americana. O Nova Carioba lidera nas notificações, com seis positivos.

Este é o segundo ano consecutivo com queda de casos em Americana. Coordenador da Vigilância Ambiental da cidade, Antônio Jorge da Silva Gomes levanta duas hipóteses que podem ajudar a entender essa redução.

A primeira se refere ao ciclo natural da doença. A dengue se caracteriza por uma explosão de casos, seguida de um período com redução no contágio. Isso foi registrado entre 2016 e 2018, após as epidemias de 2014 e 2015.

O coordenador não descarta, porém, que haja subnotificações nos casos de dengue este ano relacionadas à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “As pessoas com medo de irem até um posto de saúde acabam talvez nem indo procurar”, ponderou o profissional.

CONFUSÃO. A dengue e o coronavírus são doenças virais, portanto com sintomas iniciais bem parecidos. Um quadro de febre, dor no corpo e dores de cabeça é comum às duas doenças.

Infectologista do Hospital Vera Cruz, em Campinas, Rogério de Jesus Pedro aponta que o quadro da Covid se diferencia da dengue pela presença de sintomas respiratórios, como tosse, coriza, dor de garganta e dificuldade de respirar. Além disso, a dengue pode provocar manchas vermelhas pelo corpo e coceira.

“Estou vendo na minha prática muitos pacientes internados com a forma grave de dengue. Quando tem esses casos é porque tem um monte de mais leves na comunidade. O indivíduo em casa a primeira coisa que ele tem que pensar é Covid, mas lembrar também que existe outra doença na praça”, alerta o médico.

Por isso, a recomendação é intensificar o combate aos criadouros do mosquito. “Independente dos números, os cuidados nunca podem baixar, a população deve estar sempre vigiando. Sabemos que o problema está nos criadouros potenciais em casa, caixa d’água calha, laje que para água, latinha, plástico, balde. Temos que cuidar desse criadouro em potencial para que não se torne criadouro positivo e forme mosquito para infectar todo mundo”, completa Jorge.

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